tag:blogger.com,1999:blog-36469663063326657472024-03-13T07:03:49.464-03:00Blog do CelsonVida, Fé e Reflexão.EBQRECIFEhttp://www.blogger.com/profile/16943217527910385643noreply@blogger.comBlogger311125tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-44454307849609341552020-10-07T22:52:00.002-03:002020-10-07T22:58:40.179-03:00“O ESCOLHIDO POR DEUS” E SEU USO POLÍTICO<p><i> Por Celson Coêlho</i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: right;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="220" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOLDnb_AzKtgegyG_B4yqffjlRvx7VY3qU4eotaT0OTj7zwySk4fbhhljtKCcDRv5OkFtG8pzoFk7oLozdUH-W45Fk7BPVAjx2-Hj1S2rGd0TMQXJ1k2ijvJhf_5GMxcruJKXZcE0G0uw/w200-h194/Coroa%25C3%25A7%25C3%25A3o+rei+Carlos+II+Fran%25C3%25A7a.jpg" width="200" /></div><div style="text-align: right;"><span style="clear: right; margin-bottom: 1em;"></span></div><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">A expressão usada
ultimamente no meio político é apenas uma extensão do uso que já realizavam no
meio evangélico. A frase, que se popularizou com a Teologia da Prosperidade, pretende
investir alguém, o dito escolhido, de uma áurea divina. Assim o mesmo se torna
infalível e, consequentemente, inquestionável.</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Na Bíblia a expressão
aparece em alguns textos. Contudo parece que o mais relevante nesse contexto se
encontra em 1º Samuel 24.6 (1Sm). Nele Davi diz não poder tocar em Saul, rei da
época, por ser “ungido do Senhor” (ungido aqui significa escolhido). Nesse
texto está se falando em não tirar a vida de Saul. Não eliminar Saul. Em 1Sm 26
também surgiu essa oportunidade. Nas duas vezes fica claro que os amigos de Davi
desejavam que ele tirasse a vida de Saul. Mesmo não admitindo eliminar o
“escolhido por Deus”, Davi, quando necessário, confrontou o escolhido. Saul
como “escolhido por Deus” não era isento de críticas ou questionamentos. A luz
do novo Testamento essa possibilidade fica mais clara (1ª Timóteo 5). Os
líderes, cristãos ou não, devem ser respeitados. Mas não podem ser divinizados.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">O uso da expressão como
uma divinização do escolhido, tornando-o inquestionável, se popularizou com a
Teologia da Prosperidade. Hank Hanegraaff, em seu livro Cristianismo em Crise,
ao discorrer sobre o tema, alerta que “alguns desses mestres, visando a uma
forma de obediência pelo medo, asseveram mesmo que tais atos [de críticas aos
‘escolhidos’] produzem as piores consequências” (p. 395) sobre aqueles que
criticam os ditos líderes. Nesse sentido, ao afirmar “ele é um escolhido por
Deus”, na maioria das vezes, se quer impor medo sobre qualquer um que possa
levantar questionamentos sobre o escolhido.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Na
relação entre Igreja e Estado também encontramos o complicado caminho da
sacralização dos líderes. Especificamente em relação ao líder político. Davi
Lago, ao falar desse processo no livro </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">“Brasil Polifônico, os evangélicos e as estruturas
de poder”, cita o Dicionário Histórico das Religiões:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"></span></p><blockquote>“Esse título, ‘augustus’, torna a
função imperial inseparável da sacralidade. Conduzido ao poder por ser
divinizado, o imperador NÃO PRECISA JUSTIFICAR QUALQUER DOS SEUS ATOS OU DE
SUAS DECISÕES” (pg. 53, destaque meu).</blockquote><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Esse tipo
de culto, ainda mais chancelado por líderes religiosos, como ocorre atualmente,
tenta evidenciar poder e concentrar dominação política. Se for enviado por Deus
não pode ser avaliado ou criticado. Muito menos confrontado. Contudo a história
nos mostra que essa concentração de poder acima de tudo e acima de todos traz
um grande risco para a sociedade.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Fiquemos
com o alerta de Davi Lago: “qualquer tentativa de aparelhamento político da fé
ou aparelhamento religioso da política é uma anomalia conceitual e um
retrocesso” (pg. 71).</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Por Celson Coêlho</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">(*</span><span style="color: #202122;">Pintura de E. Lenepveu de 1889 retratando a coroação do rei
Carlos II da França)</span></i></p>Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-91441560937506232852020-05-19T22:02:00.000-03:002020-05-19T22:02:39.344-03:00PANDEMIA, ESPIRITUALIDADE E DEPENDÊNCIA DO TEMPLO<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Por Celson Coêlho</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIA34VoPqaBeTx7F3qvhvjcewiGaofb6dhUX4VOJ7K-jQQQwTDIs8z-8ArS1s6F8fSlLfSH4V6gE324B1Ahyphenhyphen5zn1gGr5m1A-MOi_4DQGT01RZ3diNQgIBvQ45g-KXF-Blv6NdDgElYm0w/s1600/Templo+igreja.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIA34VoPqaBeTx7F3qvhvjcewiGaofb6dhUX4VOJ7K-jQQQwTDIs8z-8ArS1s6F8fSlLfSH4V6gE324B1Ahyphenhyphen5zn1gGr5m1A-MOi_4DQGT01RZ3diNQgIBvQ45g-KXF-Blv6NdDgElYm0w/s320/Templo+igreja.jpg" width="320" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Lembro do período que
cursava a Faculdade Batista de Teologia do Amazonas, por volta de 2001, um
amigo, também aluno, afirmou: “na igreja temos que ter atividades todos os dias
para não deixar os irmãos soltos.” Na época, ele já era pastor há um bom tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Essa conversa não me
saiu da cabeça. Passado quase 20 anos, na minha caminhada de vida cristã,
parece que essa preocupação ainda existe em boa parte das comunidades
evangélicas. As atividades eclesiásticas são necessárias para “não deixar os
irmãos soltos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com a pandemia pela
Covid-19 e os decretos de distanciamento social, vemos a dependência do templo
sendo colocada em cheque. Essa espiritualidade quase inseparável das atividades
no templo não é algo recente. Não está relacionada a uma denominação
específica. Nem restrito apenas a determinada região.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tema semelhante foi
tratado por Jesus em sua conversa com a mulher samaritana junto a um poço. Ela
falava sobre o lugar correto para adorar: “Os nossos antepassados adoravam a
Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos
adorá-lo” (João 4.20 NTLH). Assim era o entendimento dela. Assim era o
entendimento dos religiosos da época, sendo samaritano ou judeu. Assim, em
alguns momentos, parece ser o entendimento em nossos dias. Em Jo 4.23 ele
afirma: “Mas vem o tempo e de fato já chegou...”. Em outras palavras, Jesus é
enfático: “o tempo mudou!”; “as coisas mudaram!” O que importa agora não é onde
adoram. O tempo dessa discussão já passou. Estamos em um novo momento em
relação à espiritualidade do povo de Deus. O mais importante agora é “como”
adoram a Deus e não onde! Completou o Mestre: “... os verdadeiros adoradores
vão adorar o Pai em espírito e em verdade.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao falar sobre esse
tipo de espiritualidade, Eugene Peterson nos lembra:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Uma das seduções que
dificultam a formação cristã é a construção de utopias, lugares ideais onde
podemos viver a vida boa, abençoada e reta inteiramente sem inibições ou
interferências. A Idealização, seguida da tentativa de construir essas utopias,
é um hábito antigo de nossa espécie [...] Deus lida conosco no lugar onde
estamos, e não onde gostaríamos de estar” (PETERSON, Eugene. A Maldição do
Cristo Genérico. P. 91 e 93).</span></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A fim de entender a
“adoração em espírito e verdade”, lembremos que o lugar tem sua importância.
Mas não é essencial. O templo nos ajuda. Porém não pode nos deixar dependentes.
A espiritualidade genuína, expressada por um culto verdadeiro, não pode estar
limitada a um lugar ou época específica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nesse tempo de pandemia
e isolamento social, lembremos o convite do autor da carta de Hebreus: Tenhamos
liberdade para entrar no lugar santíssimo (Hb 10.29).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por Celson Coêlho<o:p></o:p></span></div>
<br />Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-6268271713500900752020-05-06T11:55:00.000-03:002020-05-06T11:56:27.391-03:00“SAPERE AUDE!” – ouse saber! Será possível?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEHvI4GpHRH1B6Ui6oG8E1oo9vBcuZBEr2eXLQeAEKb6Wg6j6oQuh9DPv7s2G8c9AGKD5-NAXOEUA3JT7Butcr5poZVGZ0mcp7amVWXqFVJgSVR1JPpdCZ-Ek8qRZ2I6e_Ww-W9Yk00sw/s1600/sapere+aude+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="462" data-original-width="498" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEHvI4GpHRH1B6Ui6oG8E1oo9vBcuZBEr2eXLQeAEKb6Wg6j6oQuh9DPv7s2G8c9AGKD5-NAXOEUA3JT7Butcr5poZVGZ0mcp7amVWXqFVJgSVR1JPpdCZ-Ek8qRZ2I6e_Ww-W9Yk00sw/s320/sapere+aude+2.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p><i>Por Celson Coêlho</i></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p><br /></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Iluminismo ficou
conhecido como o período das luzes. Nele evidenciou-se a centralidade da razão
para o homem lidar com as questões da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O filósofo Imannuel
Kant (1724-1804), na sua obra “Reposta à Pergunta: o que é o Iluminismo?”*
(1783), reconhece como palavra de ordem do Iluminismo a frase “Sapere aude!”** Significando
“ouse saber” (ou “ouse ser sábio”). O próprio Kant, na continuação de seu
texto, expressa o que desejava com o bordão: “tem a coragem de te servires do
teu próprio entendimento!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mesmo entendendo que o
Iluminismo e sua centralidade da razão requerem uma discussão mais ampla, o que
não é nosso objetivo aqui, vemos a expressão como um desafio também para nossa
época.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O texto de Kant critica
o homem no estado de “menoridade do saber”. Por isso, precisa ser tutelado,
guiado por outros para conseguir se posicionar e agir sobre as questões da
vida. O filósofo lembra que a preguiça e a covardia são as causas desse mal
para maioria das pessoas. Preguiça porque pensar por si mesmo requer esforço, tem
a exigência de sair do comodismo e das repetições de respostas já recebidas
prontas. Covardia, pois tal atitude leva a pessoa a se expor, gerando perigo ao
sair de baixo do “guarda-chuva” do que todos estão dizendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nesse caminho de
procura pela sabedoria para viver as questões da vida, encontramos nas páginas
do livro bíblico de Provérbios um verdadeiro chamado para uma vida sábia. No
capítulo 18, versículo 15, diz o escritor: “O coração do sábio adquire
conhecimento, e o ouvido dos sábios procura o saber.” A repetição “sábio,
sábios, saber” é proposital para dar ênfase. Tem reforço ainda do termo
“conhecimento”. Essa sabedoria é “adquirida” e “buscada”. Ela deve ser
procurada. Deve-se desejá-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Levando em conta a
crítica do filósofo e o chamado do autor de Provérbios, busquemos viver com
sabedoria para enfrentar as questões da vida. É importante deixar de lado a
vida de superficialidade e ter coragem para enfrentar novas descobertas. Mesmo
que elas nos levem a revisar o que já sabíamos e a traçar novos caminhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por Celson Coêlho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">* KANT, Immanuel. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Resposta à pergunta: o que é Iluminismo</b>,
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">in</i> A paz e outros opúsculos. Lisboa:
Edições 70, 1990.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">** A expressão foi
usada pela primeira vez por Horácio (65 a.C. – 8 a.C.) na obra “<i><span style="background: white; color: #202122;">Epistularum liber primus”</span></i> <o:p></o:p></span></div>
<br />Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-43525193483091869812019-05-17T13:29:00.000-03:002019-05-17T13:30:05.444-03:00NÃO PODEMOS ACEITAR QUE VELHAS VIOLÊNCIAS RESSURJAM<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitJm90UpAqV_ZFQJOKBFBx7vGFne8qAsn3MXHtYtvnLV5WBKNDWjuM_Eb-H9lhaeI0c5aa3jCdUuTz_FoKHyZELsxGI-XqMJX_cZp5MLEXfgr-_uDvzQn2kW9u9YyGUYTzLTRty2E3bwQ/s1600/IMG_20190515_082320795%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitJm90UpAqV_ZFQJOKBFBx7vGFne8qAsn3MXHtYtvnLV5WBKNDWjuM_Eb-H9lhaeI0c5aa3jCdUuTz_FoKHyZELsxGI-XqMJX_cZp5MLEXfgr-_uDvzQn2kW9u9YyGUYTzLTRty2E3bwQ/s200/IMG_20190515_082320795%255B1%255D.jpg" width="150" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As discussões sobre a sociedade
brasileira atual invariavelmente se dá através de vozes dissonantes. Para
alguns afirmar isso significa “chover no molhado”, falar o que é óbvio. Contudo
no clima de polarização e constantes conflitos, principalmente virtuais, essa
verdade não é bem aceita para muitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No livro “Brasil
Polifônico”, Davi Lago lembra a importância desse equilíbrio no debate sobre
questões políticas na sociedade brasileira. No capítulo 3, ao falar sobre “Direitos
Humanos e Estado Democrático de Direito”, nos alerta logo no início:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“O debate público
brasileiro do início do século 21 está cheio de pontos escuros, gritos
desconexos e bravatas moralistas. É necessário revisar nossa própria história,
reler os poetas que expuseram nossa consciência, ouvir a música que a nação
compôs, perceber nossa memória coletiva sob pena de velhas violências ressurgirem.
Não podemos nos esquecer que o Estado Democrático de Direito e a garantia dos
direitos fundamentais são conquistas de nossa civilização que trazem vantagens
a todos os brasileiros, de todos os credos religiosos e todas as orientações
político-ideológicos.” (pg. 73)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No ambiente que vivemos
de constante juízo de valor e patrulhamento sobre as escolhas e opiniões dos
outros, temos a necessidade de ouvir alertas como esse. A lucidez deve ser a
característica desejada nesse alvoroço político-ideológico. Não podemos deixar
nem aceitar que “velhas violências ressurjam.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por Celson Coêlho</span></div>
<br />Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-36141480486744161632019-04-21T20:21:00.001-03:002019-05-17T13:34:49.278-03:00ATENTADOS NO SRI LANKA E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFSH8m-OCfZQcKNRP5d94NbdYxXdp6PWZQ5cqljsicN_FzhhrKiTVWDMwHFSU2kmzklakamdlIjlwvzwToWk4iu-mRW8moCLzXcKdTd_3GKKTGTsBxIVNzJihaHjQpxjtn2mjtVcypUjQ/s1600/igreja-atingida-Sri-Lanka-868x644.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="644" data-original-width="868" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFSH8m-OCfZQcKNRP5d94NbdYxXdp6PWZQ5cqljsicN_FzhhrKiTVWDMwHFSU2kmzklakamdlIjlwvzwToWk4iu-mRW8moCLzXcKdTd_3GKKTGTsBxIVNzJihaHjQpxjtn2mjtVcypUjQ/s320/igreja-atingida-Sri-Lanka-868x644.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sri Lanka, país do
continente asiático, foi alvo de atentados nesse domingo, 21/04/2019. As sete
explosões ocorreram 3 igrejas cristãs, 3 hotéis e 1 pensão. Até às 15h já tinha
contabilizado 207 mortes e 450 feridos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="p1" style="line-height: 22.5pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 3.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Acredita-se
que o propósito tenha sido afetar as comemorações do Domingo da Ressurreição. O
país tem 7% de cristãos, 10% de mulçumanos, 12% de hinduístas e 70% de
budistas. A guerra civil, que também envolve conflitos religiosos, já perdurara por muitos anos no Sri Lanka.
Em 2009 foi declarada, mas não efetividade na totalidade, o término de uma
guerra civil que perdurou quase 30 anos e ceifou em torno de 100 mil vidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="p1" style="line-height: 22.5pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 3.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;">A
história das religiões revela que a intolerância religiosa está presente em quase todas as sociedades. Em 1763, Voltaire, ao combater a intolerância religiosa na
França, escreveu o Tratado Sobre a Tolerância. Ao falar sobre religião, ele
declara: <span style="background: white;">“Em qualquer lugar em que houver uma
sociedade estabelecida, uma religião é necessária; as leis reprimem os crimes
conhecidos, enquanto a religião se encarrega dos crimes secretos” (p. 103)</span>.
Contudo em outra parte do mesmo tratado salienta que não se pode aceitar que
seja considerado crime (ou pecado) não seguir a religião dominante. O filósofo
defendia o convívio harmônico entre as religiões, o que fortaleceria a
tolerância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="p1" style="line-height: 22.5pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 3.75pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: black;">Na Bíblia temos um relato sobre Jesus enfrentando a
intolerância dos seus discípulos. Em Lucas capítulo 9, Tiago e João, ao se
depararem com pessoas contrárias ao propósito de Jesus, propõem uma solução:
podemos fazer descer fogo do céu para eliminá-los (Lc 9.54). Jesus, que já
havia ensinado sobre a tolerância nos versículos 49 e 50, declara: “vós não
sabeis de que espírito sois” (v. 55). Em outras palavras, “não é o espírito da
violência que devem mover vocês.” Para concluir o Mestre afirma: “</span><span style="color: black;">o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos
homens, mas para salvá-las” (v 56).<o:p></o:p></span></div>
<div class="p1" style="line-height: 22.5pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 3.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Oremos
pelas famílias enlutadas no Sri Lanka. Oremos pelos feridos. Oremos também para
que possa sobressair o espírito de tolerância naquele país e em todos os
lugares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="p1" style="line-height: 22.5pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 3.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Que
o ensinamento de amor e tolerância de Cristo possa nos inspirar...<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
Por Celson CoêlhoCelson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-76644431359502788262019-03-25T21:48:00.000-03:002019-03-25T21:48:33.264-03:00“DESBUROCRATIZAR O ACESSO A DEUS”<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK7qW343rZ3tNsv0FFop52MeS8Pd9Hckbmxy93zOu1_2PTjkub9se_aFJ8UZJ_ZxVJ892FDUySmcjCEdnzwAIQwFf7Nd7aDotD50mhxVgDN4QHh9EOv8XccRoUFOfKSxoGdp34Y1gz58M/s1600/v%25C3%25A9u+do+templo+se+rasgou.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="442" data-original-width="798" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK7qW343rZ3tNsv0FFop52MeS8Pd9Hckbmxy93zOu1_2PTjkub9se_aFJ8UZJ_ZxVJ892FDUySmcjCEdnzwAIQwFf7Nd7aDotD50mhxVgDN4QHh9EOv8XccRoUFOfKSxoGdp34Y1gz58M/s320/v%25C3%25A9u+do+templo+se+rasgou.jpg" width="320" /></a>Nessa manhã ouvi a expressão “desburocratizar o acesso a
Deus”. Acredito ser o termo relevante no momento atual do contexto cristão.
Também achei interessante tê-lo ouvido hoje, num domingo (24/03/2019), dia no
qual ocorre a maior frequência nas igrejas evangélicas, ambiente do qual deriva
minha fé.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A expressão nos faz pensar em Hebreus 10.29: “Por isso,
irmãos, por causa da morte de Jesus na cruz nós temos completa liberdade de
entrar no Lugar Santíssimo” (NTLH). As palavras “completa liberdade” são
expressas em outras versões como “ousadia”, “confiança”, “intrepidez”.
Vocabulário este que mais parece demonstrar uma virtude pessoal, intrínseca.
Contudo o contexto do livro de Hebreus parece falar de uma “desburocratização
do acesso a Deus”. O culto judaico havia burocratizado o acesso a Deus tornando
impossível a intimidade com Ele.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Soma-se a isso o termo grego referente a expressão “completa
liberdade”*. Ele nos expressa, de forma mais literal, “falar abertamente”, usar
de “toda sinceridade”. Isso nos faz pensar que esse acesso a Deus ocorre sem a
burocracia exigida no culto judaico, como também sem as exigências religiosas
tão reverenciadas na liturgia evangélica de hoje.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao dialogar com a mulher samaritana em João capítulo 4, acreditamos
que esse era o tema orientado por Jesus: “desburocratizar o acesso a Deus.” A
mulher, transbordando a religiosidade da época, expressa: “Os nossos
antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que
Jerusalém é o lugar onde devemos adorá-lo” (João 4.20 NTLH). Jesus, revelando
que o acesso a Deus não precisa da burocracia religiosa, responde: “Mas virá o
tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai
em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem” (João
4.23 NTLH).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lembre-se de que seu acesso a Deus deve ser
desburocratizado. Jesus nos garantiu liberdade das exigências da religiosidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 107%;">[*Grego: <i>parrhesia</i>]</span><br />
<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 107%;"><i>Por Celson Coêlho</i></span>Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-18026244900459947762018-03-05T22:41:00.000-03:002018-03-05T22:47:23.546-03:00SOREN KIERKEGAARD - Vida e Obra<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><i>*Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
vida de alguém deve refletir na sua obra. Soren Kierkegaard sintetiza bem essa
verdade.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3rmga5WltRt1OIczJzsCjBAXVrU9uK7fH-2GpPSE5GvmcApfW4Cnk7n_Kq1r98MgHdmcQMbC9oVKZ9QO3zmSu176vKm4qea1XvefDWKTYrG697zJ2gq66ZmTusrE_VPsOSdpT3TkJg4I/s1600/Kierkegaard.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="240" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3rmga5WltRt1OIczJzsCjBAXVrU9uK7fH-2GpPSE5GvmcApfW4Cnk7n_Kq1r98MgHdmcQMbC9oVKZ9QO3zmSu176vKm4qea1XvefDWKTYrG697zJ2gq66ZmTusrE_VPsOSdpT3TkJg4I/s200/Kierkegaard.jpg" width="135" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Para compreendermos a filosofia existencialista, é de suma importância
estudarmos o “dinamarquês melancólico”. Na primeira parte será estudada sua
vida, entendendo seu contexto familiar, histórico e religioso. Na segunda,
veremos sua produção como escritor. Tendo escrito dezenas de livros, muitos a
partir de pseudônimos, o que era algo incomum. Kierkegaard uniu filosofia, arte
e teologia em seus escritos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
esse existencialista, a vida é como uma “criança gerada pelo infinito e pelo
finito, pelo eterno e pelo temporal” (FARAGO, 2006, 9). Sua filosofia, em sua
época, foi reconhecida apenas em seu país. Contudo, com o passar dos anos, esse
introvertido morador de Copenhagen ganhou reconhecimento internacional, sendo
bastante admirado por outros filósofos, inclusive por Martin Heidegger.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.0. SOREN KIERKEGAARD<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.1. Vida<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nascido
em Copenhagen, Dinamarca, filho de <span style="background: white;">Ane Sorensdatter
Lund Kierkegaard e Michael Pedersen Kierkegaard, o filósofo <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Soren Aabye Kierkegaard se descreverá como
filho da velhice. Sua mãe tinha quarenta e quatro anos e seu pai cinqüenta em 5
de maio de 1813, no nascimento de </span>Kierkegaard. Era o mais novo dos sete
filhos. Seu pai se casara pela segunda vez, após a viuvez, com a empregada da
família, a mãe de Kierkegaard.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Farago (2006, p. 11) cita a importância de Kierkegaard ter
nascido na Dinamarca. Para esse autor o afastamento das grandes nações da época
possibilitou também um distanciamento da visão filosófica dominante na Europa
centro-ocidental. Harbsmeier descreve <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o
ambiente de Kierkegaard: “Política e economicamente foi uma época pobre, de
recessão, para Dinamarca que experimentou a queda do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status</i> de pequena “super-potência”, para... a posição de um
“pequeno país”. Mas, ao mesmo tempo, é... a culminação da vida cultural e
espiritual do país” (HARBSMEIER, 1993, p. 193). Os grandes dinamarqueses que
ficaram conhecidos no mundo viveram nesse período, conhecido posteriormente com
“época de ouro”. Olson acrescenta que o filósofo “viveu em reclusão e solidão
em sua cidade natal, de 1813 a 1855” (2001, p. 588).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim o próprio Kierkegaard retrata sua vida: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif";">“minha
vida começou por uma terrível melancolia, foi perturbada desde minha primeira
infância em sua base mais profunda – uma melancolia que durante algum tempo me
precipitou no pecado e na devassidão e, no entanto, humanamente falando, era
quase mais insensata que culpada.” (seu Diário, 1847, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">apud </i>FARAGO, 2006, p 26)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seu
viés religioso advém da influência do pai. Abbagnano salienta que seu pai já
velho o educou numa religiosidade severa (s.d. p. 7)<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.
Seu pai era rico comerciante de lã na cidade e o batizou na igreja do Espírito
Santo, de confissão luterana. Do pai também herdou o espírito melancólico. Para
o filósofo o “grande terremoto” foi descobrir que seu pai havia contraído novo
matrimônio mesmo antes de acabar o período de luto. Isso foi o “pecado
original” que trouxe a transgressão sobre sua família. “Descobriu, então, que
sobre a grande figura paterna, tão importante e tutelar, se ocultava uma pessoa
frágil, um pecador. Compreendeu que a penitência se havia obsessivamente apoderado
da alma do pai, e que o remorso coloria com essa luz trágica uma fé que, no
entanto, prometia o júbilo” (</span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif";">FARAGO, 2006, p 27). </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em 1837, conforme Abrão
(1999, p. 405), teve a primeira grande mudança em sua vida após a morte de seu
pai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na
juventude inscreveu-se na Faculdade de Teologia de Copenhagen. Por gosto
pessoal, somando-se a vontade do pai, torna-se assíduo nos cursos de teologia. Sua
faculdade sofria uma influência do racionalismo, principalmente alemão. Hegel e
Schelling influenciavam a Dinamarca da época. Formou-se em 1840 com a
dissertação “Sobre o conceito de ironia especialmente em Sócrates.” Por não ter
certeza da vocação, abandona a possibilidade do ministério pastoral ao qual
estava habilitado. Obteve também a formação em filosofia e filologia. Após isso
segue para Berlim, onde por dois anos recebe instrução sob orientação de
Schelling.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sua
jornada no cristianismo tem origem na vida pregressa do pai que viveu na
Jutlândia, pequena península no extremo da Dinamarca, próxima a Alemanha. Daí
veio à influência do Luteranismo. O cristianismo do seu pai não era uma
religião alegre, mas uma fé gerada pela culpa. Isso reforçava a formação
sombria e pesada do pai e, depois, do próprio Kierkegaard. Seu pai trazia um
sentimento de culpa de uma atitude tomada ainda quando criança e que marcara
sua vida e deixou cicatrizes em seu filho: “Até os 82 anos de idade meu pai não
tinha conseguido esquecer um fato terrível: quando criança, no cerrado da
Jutlândia, pobre pastor de ovelhas esfaimado e sujeito a todos os males, do
alto de uma colina enquanto cuidava dos animais, lançou contra Deus uma maldição”
(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Apud </i><span style="background: white;">HARBSMEIER,
1993, p. 194).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Relacionou-se
com Regina Olse, de quem se tornara noivo em 8 de setembro de 1840. Seu noivado
influenciava suas obras nessa época. Após menos de um ano, em 11 de agosto de
1941, desiludido com o casamento, rompe o noivado. Sobre Regina, relatou em seu
diário:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif";">“Vós,
soberana do meu coração, guardada na profundeza secreta do meu peito, na
plenitude do meu pensamento, ali [...] divindade desconhecida! Ó, posso eu
realmente acreditar nas palavras dos poetas, que quando se vê pela primeira vez
o objecto do seu amor, imagina já tê-la visto há muito tempo, que todo o amor
assim como todo o conhecimento é lembrança, que o amor tem também as suas
profecias dentro do indivíduo.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Depois
tentou demonstrar que sua melancolia havia interferido no relacionamento. O
motivo real do rompimento nunca ficou claro em seus escritos. Aqui ocorre sua
segunda mudança significativa: “Em vez de pastor e pai de família, escolheu a
solidão” (ABRÃO, 1999, p. 405). Para <span style="background: white;">Harbsmeier,
aqui surge à crise mais significativa na vida do filósofo. Seu encontro com
Regina, o noivado e posterior rompimento tem decisiva importância em sua obra.
“Explicou toda sua obra como uma tentativa de compreender como desmanchou o
noivado” (HARBSMEIER, 1993, p. 197). Em relação ao noivado declarou: “a mim, a
minha melancolia bastava” (HARBSMEIER, 1993, p. 198).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Filósofo ou
Teólogo?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
livro História da Filosofia, Bernadette Siqueira Abrão faz o seguinte
questionamento: “filósofo ou religioso?” Ela relembra que alguns autores
questionam o caráter filosófico do pensamento kierkegaardiano. Escritores
cristãos o identificam como “teólogo leigo dinamarquês”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.
Farago afirma ser Kierkegaard um herdeiro fidelíssimo dos princípios da Reforma
Protestante do século XVI (FARAGO, 2006, p. 158). Essa mesma autora faz um
apanhado da teologia do século XIX e sua influência sobre o filósofo dinamarquês.
Roger Olson (2001, p. 587) identifica Kierkegaard como precursor de uma nova
escola teológica, a neo-ortodoxia. Esta procurava firmasse contrária a escola
teológica liberal que bebia na filosofia religiosa de Hegel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
tentar solucionar essa questão, Abrão faz a seguinte pergunta: “quais as
questões fundamentais que lhe motivam a reflexão, ou, então, qual a finalidade
que intencionalmente deu à sua obra?” (ABRÃO, 1999, p. 406).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiyG2r4R2FEmPbeja_QlI3L9B0I6g6NxwrZUVTw1a-qGoK5sAoCNto_nVDIQDzVfnu0A2qiRyK8bJzTXN8fTE9ggTEv6bAnnS9EzwUj2ZXQTH0CSuENzFa5qz6-lLutwazkT-LYJASlLc/s1600/raz%25C3%25A3o+e+f%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="297" data-original-width="322" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiyG2r4R2FEmPbeja_QlI3L9B0I6g6NxwrZUVTw1a-qGoK5sAoCNto_nVDIQDzVfnu0A2qiRyK8bJzTXN8fTE9ggTEv6bAnnS9EzwUj2ZXQTH0CSuENzFa5qz6-lLutwazkT-LYJASlLc/s200/raz%25C3%25A3o+e+f%25C3%25A9.jpg" width="200" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
palavras de <span style="background: white;">Harbsmeier nos ajudam nesse
questionamento:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif";">“Kierkegaard
não é um filósofo de carreira. Ele pensava... procurar um cargo na igreja
pública, como pastor, tendo rejeitado depois essa ideia... rejeitou também a
carreira acadêmica como filósofo universitário. Não queria ser um filósofo
sistemático procurando ou ensinando doutrinas. Ele queria ser o que chamava de
“pensador existente”, pois para ele a existência era superior ao pensamento e a
vida superior a lógica.” (HARBSMEIER, 1993, p. 201)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
próprio Kierkegaard assim declara: “O presente autor de modo algum é um
filósofo. Não entendeu qualquer sistema de filosofia, se é que existe algum, ou
esteja terminado” (KIERKEGAARD, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">apud</i>
JANZEN e HOLANDA, 2012, p. 586). Para ele a filosofia não poderia ser
ideacional. Nele a vida e a obra se unem de forma simétrica. Isso se torna lei,
o princípio do existencialismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.2. Obra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse
filósofo dinamarquês produziu seu primeiro texto público em 1834, o artigo com
título “nova apologia da natureza superior da mulher” (FARAGO, 2006, p. 31). Sustentando-se
da fortuna do pai, morava em um apartamento onde vivia em quase reclusão e
pouco acontecimentos relacionam-se a sua vida. Após voltar de Berlim dá início
a uma produção literária abundante. Entre 1843 e 46 escreve 29 textos, “quase
todos hoje considerados obras primas da filosofia européia. Kierkegaard
escolheu ser autor em lugar de escolher Regina” (</span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif";">HARBSMEIER, 1993, p. 199).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seu
pensamento fundamentou-se como um contraponto ao pensamento de Hegel que
dominava a filosofia ocidental. Rejeitou o hegelianismo da sua época. Contrário
ao idealista alemão, que em sua filosofia buscava uma essência, o “melancólico
dinamarquês” discorria sobre o concreto da vida. “Tornar-se indivíduo, em
Hegel, é adotar o discurso da corporação. Este processo dissolve a existência
na coletividade e a individualidade se torna um produto do desenvolvimento de
sua época, negando assim o ato da decisão, tornando-se algo histórico. Se para
o Sistema de Hegel é sensato, para Kierkegaard é um disparate” (MARTINS, 2010,
p. 91).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Muitas
de suas obras eram direcionadas ao ataque à igreja, defendia a pessoalidade na
religião, contrário a predominância da instituição. Isso chocou a religião
cristã na Dinamarca. “Ele acusava a igreja oficial de não refletir o
cristianismo genuíno, por haver acomodado a religião ao poder social” (CHAMPLIN
e BENTES, 1997, p. 701). Por isso, no final da vida, foi alvo do ataque
literário de uma revista, chamada “O corsário”, de Copenhagem, que defendia os
valores da igreja institucional e tornaram infelizes os últimos anos do
filosofo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Suas
obras, como sugerem alguns autores, podem ser divididas em 2 momentos. Conforme
<span style="background: white;">Harbsmeier </span>(</span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif";">1993, p. 201), </span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">as primeiras seriam de cunho pseudônimo, obras primas de
conteúdo filosófico-teológico, apresentando variada análise da existência
humana, e, as obras que levavam seu próprio nome, de cunho catequético, mas que
foram valorizadas por filósofos como Heidegger.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Temas abordados em
suas obras<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
primeiro livro que lhe conferiu reconhecimento foi “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ou... ou”</i>. Publicado após o término do noivado e do retorno de
Berlim. Esse título, como a obra, revelava o princípio por trás do seu
pensamento: a escolha e a decisão. “Aquilo que constitui sinal característico
da obra e da personalidade de Kierkegaard é o fato de ele ter procurado reduzir
a compreensão de toda existência humana à categoria de possibilidade e de ter
evidenciado o caráter negativo e paralisante da possibilidade” (ABBAGNANO, s.d.
p. 9). A existência como possibilidade é um tema vivo nos escritos
kierkegaardiano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
“estágios da vida” (ou “visões da vida”) também deixaram marcas na sua filosofia.
No livro “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ou... ou”</i> e, mais tarde, em
“Etapas do caminho da vida” ele aborda o que seriam esses estágios: o estético,
o ético e o religioso. No primeiro, a vida não é levada muito a sério, ela
seria um jogo e viveria na superficialidade. “Atrás dessa superficialidade
esconde-se uma profunda “angústia” e “desespero”. Angústia de se perder de si
mesmo e desespero de não conseguir ou não querer “ser si mesmo” (<span style="background: white;">HARBSMEIER, 1993, p. 202). No segundo estágio, o
ético, o indivíduo é caracterizado pelo dever e pela responsabilidade. Aqui se
vivi de forma preocupada por reconhecer as consequências dos atos. “Enquanto o
esteta vive no momento, o homem ético acredita que sua vida tem uma
continuidade histórica” (</span>JANZEN e HOLANDA, 2012, p. 585). O estágio
religioso, o último, seria a existência em relação profunda com Deus. A vida
finita do homem não teria importância se não fosse vivida na expectativa de um
futuro eterno para o religioso. “O esteta vive no momento, o ético vive no
tempo, o religioso vive com sua atenção voltada ao eterno” <span style="background: white;">(</span>JANZEN e HOLANDA, 2012, p. 585). Esse estágio
é trabalhado mais profundamente no livro “Temor e tremor”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
Kierkegaard, existência como possibilidade leva ao que tanto lhe foi custoso na
sua própria vida: a angústia. Ele deixa claro em seus textos a diferença entre
medo e angústia. O medo tem origem em algo concreto, a angústia não. Esta se
liga a noção de liberdade quando se apreende a “angustiar-se verdadeiramente”.
Por isso a angústia tem valor duplo: o positivo, levando a liberdade, e o negativo,
levando a destruição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Kierkegaard enfrenta
diretamente, nas suas duas obras fundamentais, o “Conceito de angústia” e “A
doença moral”, a situação radical da incerteza, da instabilidade e da dúvida,
em que o homem se encontra constitucionalmente, pela própria problemática do
modo de ser que lhe é próprio. No “Conceito de angustia”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>esta situação é esclarecida<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos confrontos das relações do homem com o
mundo; na “Doença moral”, nos confrontos das relações do homem consigo próprio,
ou seja nas relações constitutivas do eu.” (ABBAGNANO, s.d. p. 16)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Suas obras essencialmente
filosóficas, “Migalhas filosóficas” e “Posfácio científico conclusivo”, tratam
da polêmica contra a filosofia hegeliana. Hegel propunha a dialética
especulativa, Kierkegaard a dialética existencial. Em Hegel a dialética levanta
e dissolve, no dinamarquês, a vida tem questões insolúveis que dialética alguma
pode resolver. Na dialética kierkegaardiana o “eu” não se resumo ao finito,
demonstrado em ilimitações de escolhas. Para este existencialista, o “eu” pode
escolher caminhos infinitos para seguir, o que revela sua dimensão infinita. “</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O racionalismo, à medida que busca sempre a
generalidade, desconfigura as singularidades que são características do mundo
efetivo. Desse modo, ao criticar Hegel, Kierkegaard procura apontar as falhas
de um sistema formal da existência.” (MARTINS, 2010, p. 91)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Kierkegaard elabora muitas analogias com
personagens e histórias bíblicas. Refletindo sobre seu conceito de “salto de
fé”, faz uso de Abraão. O filósofo avalia como está em jogo a ação desse
personagem e sua fé em Deus. No relato bíblico Abraão é colocado em “cheque” ao
ser pedido para sacrificar seu único filho para provar sua fé em Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-language: PT-BR;">“No entanto Abraão não hesitou: a fé fez com que
ele saltasse imediatamente da razão e da ética para o plano do absoluto, âmbito
em que o entendimento é cego. Abraão ilustra na sua radicalidade a situação de
homem religioso. A fé representa um salto, a ausência de mediação humana,
precisamente porque não pode haver transição racional entre o finito e o
infinito. A crença é inseparável da angústia, o temor de Deus é inseparável do
tremos.” (ABRÃO, 1999, p. 410)</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
“dinamarquês melancólico” tinha uma peculiaridade nos seus escritos: a
pseudonomia. Vários textos foram escritos por “personagens”. Cada um revela
características diferentes que também visavam atingir leitores diferentes. Com
isso ele faz uma união de filosofia, arte e teologia nos seus livros. Algo
incomum. “Há, pois, um sentido estético para cada pseudônimo, mas igualmente um
sentido psicológico para cada um deles, cada qual sendo um modo de apresentação
de si ao mundo, de diferentes formas, como facetas de uma múltipla
personalidade.” (JANZEN e HOLANDA, 2012, p. 579)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
obras de Kierkegaard têm uma ligação estreita com a religião. Abbagnano afirma:
“A filosofia de Kierkegaard é, na sua complexidade, uma apologética religiosa”
(s.d. p. 28). Para Farago, o objetivo da obra do dinamarquês é esclarecer o
“devir cristão”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
(2006, p. 215). Olson acrescenta que esse próprio filósofo “se considerava
profeta do cristianismo cultural que, para ele, não era de nem um pouco
cristão” (2001, p. 588). Por isso nos estágios da existência humana, para esse
filósofo, o último estágio, o religioso, representa o definitivo e mais
elevado. Os outros são provisórios. “Como singular, afirma Kierkegaard, o homem
está só: só em todo mundo, só na presença de Deus” (ABBAGNANO, s.d. p.29).
Contudo, essa característica não invalida seu pensamento filosófico. Ele
forneceu a filosofia conceitos eficazes para reflexão sobre a vida: a
possibilidade; a escolha; a alternativa; a existência como algo próprio do
homem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<b style="text-indent: 21.3pt;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<b style="text-indent: 21.3pt;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“A
obra de Kierkegaard no faz ouvir uma voz: é um homem que fala nessa obra”
(FARAGO, 2006, p. 233). Seu legado influenciou a filosofia, teologia e
psicologia. Contudo, mais importante do que influenciar sistemas de
pensamentos, as obras desse dinamarquês tem influenciado diretamente na vida
real das pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Num
contexto atual onde as instituições tende a sobrepor os indivíduos, os textos
kierkegaardianos (e sua própria vida) são reflexões necessárias. Esse filósofo
demonstrou ser possível não apenas pensar e refletir sobre indivíduo, mas
também viver de forma a qual sua singularidade possa ser respeitada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
existencialismo de Kierkegaard é uma necessidade para os pensadores e
religiosos atuais. “Sem dúvida alguma, Kierkegaard conseguiu penetrar até o
coração da vida que, no homem, mantém um parentesco com o próprio Deus”
(FARAGO, 2006, p. 245).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">ABBAGNANO,
Nicola. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História Da Filosofia</b>. 3ª
Ed. V. 10. Lisboa: Presença, s.d.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">ABRÃO,
Bernadette Siqueira. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História da
Filosofia</b>. São Paulo: Nova Cultura, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">CHAMPLIN, Russel
Norman, e BENTES, João Marques. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Soren
Kierkegaard</b>. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">In </i>Enciclopédia de
Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Candeia, 1997. P. 701-702.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">ELWELL, Walter
A. São Paulo: Vida Nova, 1990, p.400-401.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">FARAGO, France. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Compreender Kierkegaard</b>. Petrópolis:
Vozes, 2006.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">HARBSMEIER,
Eberhard. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Kierkegaard – pessoa e obra –
biografia e filosofia.</b> trad. Karl Erik Schollhammer. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">In </i>Revista Educação e Filosofia: Uberlândia. 1993, p. 193-205.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">JANZEN, Marcos
Ricardo, e HOLANDA, Adriano. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Elementos
para uma psicologia no pensamento de Soren Kierkegaard. </b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">In</i> Estudos e Pesquisas em Psicologia.
Rio de Janeiro, 2012. v. 12, n. 2, p. 572-596.<span style="background: white; color: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">MARTINS, Jasson
da Silva. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Kierkegaard e Hegel: ou o
indivíduo contra a corporação</b>. Revista Pandora Brasil – Número 23, Outubro
de 2010, p. 90-101.<o:p></o:p></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
Não é possível identificar o ano dessa publicação.</div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
No site https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B8ren_Kierkegaard, acessado em
27/02/2017.</div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
ELLER, D. B. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Soren Kierkegaard</b>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">In </i>Enciclopédia histórico-teológico da
igreja cristã. p.400 e 401. Esse articulista não afirma Kierkegaard como
filósofo.</div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/2%C2%BA%20per%C3%ADodo/4%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20Filosofia/Trabalho%20sobre%20Soren%20Kierkegaard/S%C3%B8ren%20Kierkegaard-%20Vida%20e%20Obra.doc#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
Devir: conceito filosófico que significa mudanças pelas quais passam as coisas.<br />
<br />
<br />
<i style="color: #333333; font-family: arial, "times New Roman", helvetica; font-size: 14px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">[Trabalho apresentado como requisito parcial da disciplina Introdução a Filosofia, </span></i><i style="color: #333333; font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; text-align: justify;">no curso de Licenciatura em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife: Março de 2017.]</i></div>
</div>
</div>
<br />Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-55066301928249332982018-02-25T13:22:00.003-03:002018-02-25T13:24:30.280-03:00INTRODUÇÃO À TEOLOGIA EVANGÉLICA. Karl Barth (Resenha)<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">*Por Celson Coêlho<o:p></o:p></span></i><br />
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">BARTH,
Karl. <b>Uma introdução à teologia
evangélica. </b>Trad. Lindolfo Weingärtner. São Leopoldo Sinodal, 1979.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnhyu7Pohin2_ZKuLFq6JA8sMnUeAoBEZ4CLB1JnWRPyPTVYTXxCcgu0mCF1tl-Lbufpw19FzS2QR20v2mu6g-RejDgnIUKZASzWA4nbGVKAG667GqTR0TQDB8Ue8pdM2rKYlzkz4or8c/s1600/Introdu%25C3%25A7%25C3%25A3o+a+teologia+evangelica+BARTH.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnhyu7Pohin2_ZKuLFq6JA8sMnUeAoBEZ4CLB1JnWRPyPTVYTXxCcgu0mCF1tl-Lbufpw19FzS2QR20v2mu6g-RejDgnIUKZASzWA4nbGVKAG667GqTR0TQDB8Ue8pdM2rKYlzkz4or8c/s320/Introdu%25C3%25A7%25C3%25A3o+a+teologia+evangelica+BARTH.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Escrito
bastante conhecido no meio acadêmico teológico, <i>Introdução à teologia evangélica </i>é uma profunda orientação para a
correta realização do trabalho teológico. Seu autor, Karl Barth, foi um dos
mais profundos teólogos do século 20. Teólogo neo-ortodoxo, defensor do método
dialético, escreveu obras que influenciou a teologia posterior, tais como; <i>Epistola aos romanos</i> (1919) e <i>Dogmática cristã</i> (1932). Foi pároco por
doze anos e exerceu o magistério teológico por quarenta. Esse texto foi
primeiramente uma coleção de preleções expostas na Faculdade de Basiléia após
ter deixado sua cátedra naquela academia. Barth introduz o estudante no
ambiente (inteior/exterior, positivo/negativo) que envolve o trabalho do
teólogo. Esse trabalho ele designa como sendo a “pergunta pela verdade”. O
livro tem uma introdução que situa o interesse do autor e quatro ciclos de
temas gerais (p. 125). Esses também se subdividem em quatro partes. O método
usado para abordar os temas, conforme o autor, é um “penetrar ao centro” em
círculos concênctricos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
primeiro ciclo de temas é abordado o lugar da teologia. É como o autor quisesse
responder a perguntar: onde a teologia ocorre? O escritor começa a “circunscrever”
tal resposta com a palavra de Deus, segunda preleção. Deus falou, fala e haverá
de falar em meio aos homens (p. 17). O Lugar da Teologia é melhor definido na
terceira preleção (p. 23), quando é abordado as testemunhas. Estas são
definidas como grupo de pessoas que tem uma posição única, distinta quanto a
relação para com Deus: são testemunhas primárias da palavra. Existem também as
testemunhas chamadas de segunda linha: a Comunidade (quarta preleção). Esta é
constituída pelo povo “chamado e despertado para fé”. A teologia não se
desenvolve alhures, antes, ela é para a comunidade. Esse lugar que a teologia
ocupa só pode ser possível por causa do Espírito, assunto da quinta preleção.
Esse é o poder que controla a existência teológica. Seu segundo tema geral é
exatamente a Existência Teológica. Quais são os fatores que transformam uma
pessoa em teólogo? (p. 77) Seguindo o método de aprofundar o assunto, autor
inicia dizendo que o teólogo é um ser admirado. Nessa preleção, a sexta, é dito
que o teólogo deve abandonar seu empreendimento se não se achar admirado (p.
51). A admiração o interpela quando ele se depara com algo novo em sua tarefa.
Na sétima preleção é tratado o aprofundamento da admiração: o Abalo, a gênese
da existência teológica (p. 61). É a admiração do milagre do próprio Deus,
assunto da teologia. A oitava preleção é uma conseqüência das duas anteriores:
o Comprometimento. A teologia concede benefícios ao teólogo, mas lhe pede um <i>feed back</i>. Existência comprometida é uma
existência agradecida com a liberdade e com o uso dela (p. 68). Na sua
existência teológica o homem só se torna admirado, abalado e comprometido por
causa da fé, nona preleção. Fé é a <i>condition
sine qua non</i> da teologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
perigos que a Teologia enfrenta constitui o tema da terceira série de
reflexões. Barth deixa entender que sua <i>Introdução
a Teologia Evangélica</i> seria incompleta se não abordasse os perigos que
ameaçam a teologia. O primeiro deles é a solidão. Esse isolamento advém do seu
empreendimento: “pergunta pela verdade”. Tal perigo seria exterior, acontece do
ambiente que cerca o teólogo. Contudo, existe uma ameaça interior, mais
perigosa. Ela é tratada na décima primeira preleção: a Dúvida. A dúvida que
realmente se traduz em ameaça refere-se à pergunta pela viabilidade do
empreendimento (p. 96). O teólogo se pergunta se todo esforço em responder a “pergunta
pela verdade” é válido. Porém, o mais grave dos perigos está por vir... a
Tentação (décima segunda preleção). É o questionamento que a teologia sofre a
partir do seu próprio assunto, Deus. O
escritor se refere a esse perigo com a auto subtração do próprio Deus da obra
do teólogo. Deus dá as costas à teologia, nega-lhe a presença e a ação do Espírito
(p. 105). Fechando o terceiro tema geral, Barth diz que em meio aos perigos há
esperança, décima terceira preleção. Durante a discussão desse tema o autor nos
aconselha a “aturar e suportar” tais perigos. Isso só é possível por que Deus
doa sua infinita graça ao teólogo. Aí reside sua esperança. No último ciclo de preleções
são abordadas as “tarefas que o campo da teologia estão à espera para serem
realizadas e cumpridas” (p. 125). O autor se refere ao trabalho teológico. A
primeira dessas tarefas é a Oração, décima quarta preleção. Ela é fundamental e
permeará as tarefas seguintes. O trabalho teológico, que é para igreja e para o
mundo, não pode acontecer sem “orientação do céu”. Na preleção seguinte temos a
tarefa do Estudo, que é um esforço ativo, sério, zeloso, aplicado e atuante. É
a participação espontânea e ao mesmo tempo apaixonada do teólogo. Esse estudo
não pode estar limitado a um período específico da vida, deve ser constante.
Também não pode ser escravizado a uma única forma. Na penúltima preleção Barth nos
dia que o “trabalho teológico é serviço” (p. 144), serviço prestado à palavra
de Deus. O teólogo atua visando à causa do outro. Na última preleção temos o
Amor, que é a condição básica que confronta a teologia a partir de seu assunto
(p. 153). O trabalho teológico só poderá ser obra boa se impregnado pelo amor.
Sem tal virtude não há edificação, mesmo com séria oração, esmerado estudo e zeloso
serviço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vigor
e piedade. Com certeza foram esses os sentimentos que imperaram sobre o autor
na ocasião das preleções. É com grande profundidade que Barth aborda o ambiente
que envolve o labor teológico. A metodologia com que aborda os temas é uma preciosidade.
Fica bastante claro no texto algumas características da teologia de Brath: 1) a
limitação humana (mais especificamente o teólogo) e a soberania divina; 2) a
metodologia teológica permeia o texto; e 3) o homem em constante crise;
teologia da crise. Vejamos algumas observações. Quanto a primeira
característica vale a ressalva de não “abraçarmos” de tal forma essa visão bartiana
e nos tornarmos minimalistas. Quanto as outras duas, não desmerecendo duas
virtudes, trazem dificuldades na compreensão do conteúdo transmitido, deixando
os leitores confusos no raciocínio do texto. A última em particular, quando mal
entendida, transmite uma visão muito pessimista da realidade. Pode até fazer
com que os leitores menos comprometidos desistam do empreendimento. Para uma
compreensão melhor de Barth o leitor deve entender qual foi seu contexto de
vida. O texto é desafiador...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
livro é recomendado para todos aqueles que tentam responder a “pergunta pela
verdade”: pastores, teólogos, seminaristas. Acadêmicos da área de humanas
também são leitores em potencial. Contudo um alerta aos mais desavisados: <i>Introdução à teologia evangélica</i> não é
um texto para um leitor aventureiro. Por ter como título “introdução” muitos
podem se enganar achando que encontrará uma leitura fácil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[Resenha apresentada como requisito
parcial da disciplina Introdução a Teologia, no curso de Teologia no Seminário
Batista do Norte do Brasil. Recife: Junho de 2004.<o:p></o:p></span></i></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-39735240835267821122018-02-19T06:00:00.000-03:002018-02-25T13:24:52.959-03:00TRATADO SOBRE A TOLERÂNCIA: POR OCASIÃO DA MORTE DE JEAN CALAS (1763), Voltaire [Resenha]<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -0.05pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">VOLTAIRE.
<b>Tratado sobre a tolerância: por ocasião
morte de Jean Calas (1763)</b>. Porto Alegre: L&PM, 2017.<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 6.0cm; text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Ele combateu
tanto os ateus quanto os fanáticos. Inspirou a tolerância e defendeu os
direitos do homem contra a servidão do feudalismo. Poeta, historiador e
filósofo, engrandeceu o espírito humano e ensinou-o a ser livre.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOPucknbW27GnR19FD9oej21PNHMZ8jZHjPA85Ts_KOQdvakkRS3fPVTxCHTE-_gl479pF3pmiwLonsof6QnuzBqdvHGCyqmtYDyVOY2lpGdQDIocCpb6XtVxLRgVYsKugpAycK0xScto/s1600/tratado_sobre_a_tolerancia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOPucknbW27GnR19FD9oej21PNHMZ8jZHjPA85Ts_KOQdvakkRS3fPVTxCHTE-_gl479pF3pmiwLonsof6QnuzBqdvHGCyqmtYDyVOY2lpGdQDIocCpb6XtVxLRgVYsKugpAycK0xScto/s200/tratado_sobre_a_tolerancia.jpg" width="120" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">O <i>Tratado
sobre a tolerância</i> traz em suas páginas iniciais alguns dados biográficos
sobre o autor. Nascido em Paris, François-Marie Arouet (1694-1778) assumiu o
pseudônimo de Voltaire em 1718. Devido aos seus versos criticando o rei foi
afastado de Paris e depois preso na Bastilha. Após 1718 foi preso pela segunda
vez e também foi exilado na Inglaterra. Durante os vários anos lá se
familiarizou com a “efervescência política, social e econômica” inglesa (p. 5).
Voltaire foi bastante influenciado por Isaac Newton (1643-1727) e John Locke
(1632-1704). O filósofo inglês abordando o direito do indivíduo escreveu um <i>Ensaio sobre a tolerância </i>(1666-67), <i>Carta sobre a tolerância</i> (1689) e mais
duas cartas sobre o tema (1692 e 1702)<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Essas obras podem ter influenciado a abordagem voltairiana do tema. Voltaire foi
crítico do pensamento de Rousseau (1712-1778) e com seu <i>Poema sobre o desastre de Lisboa</i> fez explodir o antagonismo entre
os dois. Um dos temas que divergiam era a ideia do progresso humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">O século XVI na França foi marcado por
cruéis guerras religiosas. Entre 1562 e 1598 vários conflitos revelavam a
perseguição católica contra os protestantes. O Édito de Nantes assinado em 30
de abril de 1598 pelo rei francês Henrique IV pretendia garantir a tolerância
religiosa. O documento estipulava o catolicismo como confissão oficial e
permitia liberdade de culto aos calvinistas. Contudo os conflitos permaneceram,
apesar do Édito, ao longo do século XVII. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Os dois primeiros capítulos do <i>Tratado sobre a tolerância</i> (1763) tratam
do contexto em que o escrito foi motivado. Em Toulouse, em março de 1762,
ocorreu o que Voltaire classifica como “um dos eventos mais singulares que
possam merecer a atenção de nossa época e da posteridade” (p. 11). O autor
ainda chama o caso de “assassinato”. Em relação ao estado de guerra o autor
afirma: “Onde o perigo e as vantagens são iguais, o espanto cessa e até mesmo a
piedade se enfraquece.” Para ele era esse espírito que permeava o ambiente de
Toulouse a época. “O povo de Toulouse... considera como monstros seus irmãos
que não pertencem à mesma religião que eles” (p. 13). O filosofo francês
questiona nesse livro o desfecho do caso Jean Calas. Calas era um comerciante
protestante da cidade. Foi acusado pelo tribunal criminal de ter assassinado o
filho por ter se convertido ao catolicismo. O boato voou pela cidade e todos se
revoltaram contra Calas e pressionaram o julgamento. O filósofo lembra que em
questão de pouco tempo ninguém questionava se o pai havia matado o filho por
questão de fé. “Depois que os espíritos são arrebatados, não há como
acalmá-los” (p. 13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Relevante também é o histórico da cidade
quanto à questão de disputas religiosas. O escritor em algumas partes do texto salienta
que Toulouse respirava o clima de intolerância. Ele cita as comemorações, após
duzentos anos, da Noite de São Bartolomeu. Refere-se também a Festa de Toulouse
(p. 13, 15 e 60). Em 1562 reis católicos franceses lideraram massas populares
em perseguição aos protestantes. Esses dias sanguinários ocorreram em torno de
12 cidades. Ficou conhecida também como Massacre da Noite de São Bartolomeu.
Milhares de protestantes foram assassinados por perseguidores católicos. Toulouse
foi uma das cidades do massacre. “A festa que os moradores de Toulouse celebram
todos os anos em memória de um massacre de quatro mil huguenotes<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>...”
A condenação do comerciante protestante em data próxima a essa festa era vista
pelo autor como “o maior ornamento da festa” (p. 15)<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A posição de Voltaire quanto à
condenação é que Calas era inocente. Lembra que o filho do comerciante havia
lido vários livros sobre suicídio. Também salienta que o pai mantinha por alguns
anos uma empregada de fé católica e permitia que ela ajudasse na criação dos
filhos. Devido a tantas questões lógicas, como essas, que desprezaram para
condenar Jean Calas, Voltaire considera que a razão foi ignorada pelo
fanatismo. “Não havia – e não podia haver – qualquer prova contra a família,
mas sua religião assumia a lugar da prova” (p. 17). Sendo assim, o autor
recorre à razão. Um dos seus argumentos relevantes no texto. Quanto a Toulouse
ele faz o alerta: “A razão tem mais poder em Paris do que o fanatismo, por
maior que este possa ser, ao passo que na província o fanatismo prepondera
quase sempre sobre a razão” (p. 19). Ainda diz que essa falta de razão ocorre “justamente
em um tempo no qual a filosofia já realizou tantos progressos.” Sobre a razão,
em outro texto, escreveu ele: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 7.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Vejo que hoje, neste século que
é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo.
Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras...
No que me tange, acredito que a verdade não deve mais esconder-se diante dos
monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos
envenenados.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 7.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieykKKWbYg-NEA82FoDLuSKL_yX6a4-IH81KKBtwmlNmeNkahCXh8N35nWbiQwIo_1-o4DwjzqnvOydTtq8-61ZZ18NN8sQUN20OJ1JwzMTHpsKPKEPdGWOmToN0gO9t_4PXvYpzLc7uI/s1600/jean+calas+VOLTAIRE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="491" data-original-width="610" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieykKKWbYg-NEA82FoDLuSKL_yX6a4-IH81KKBtwmlNmeNkahCXh8N35nWbiQwIo_1-o4DwjzqnvOydTtq8-61ZZ18NN8sQUN20OJ1JwzMTHpsKPKEPdGWOmToN0gO9t_4PXvYpzLc7uI/s200/jean+calas+VOLTAIRE.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Pintura retrata o flagrante de Jean Calas</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A decisão dos julgadores não deviria ser
influenciada nem por questões religiosas nem pela comoção popular. Por isso
ainda defende que sendo uma condenação por algo tão grave deveria gozar de decisão
unânime. O que parece que não ocorreu. Qualquer dúvida quanto ao caso deveria
ser suficiente para não assinarem a pena de morte. Para o Voltaire a razão não
foi levada em conta nesse julgamento. Em trecho posterior do texto, no capítulo
XX, ele lembra que “a razão penetra mais fundo na França” (p. 105). A tomadas
de decisões, sejam políticas ou judiciais, não podem ocorrer em detrimento da
razão que tem iluminado sua época, salienta o autor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">O escritor lembra que o contraponto da
razão é a superstição. “Quando os homens não têm noções sadias da Divindade, as
ideias falsas ocupam seu lugar, como durante épocas infelizes se comercia com
moeda falsa na falta da verdadeira” (p. 103). O capítulo XX tem como título o
questionamento: “Se é útil conservar o povo na supertição.” Em seu artigo sobre
superstição no Dicionário Filosófico afirma que “as épocas de maior superstição
foram sempre as dos mais horríveis crimes.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
O supersticioso não pode ser apenas tratado com um ingênuo. Para o autor, o
supersticioso é facilmente governado por um fanático e levado a fazer
fanatismos. Talvez como ocorreu no julgamento de Jean Calas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Superstição e fanatismo andam de mãos
dadas. Este, realizado em nome de Deus, levou todos a defenderem que um pai,
Jean Calas, ajudado pela mãe, estrangulou o próprio filho para agradar a Deus.
No início do capítulo XVIII o autor chega a defender a punição, por parte do
governo, ao fanatismo. “É preciso, portanto, que os homens comecem por deixar
de ser fanáticos a fim de merecer a tolerância” (p. 97). No dicionário assim
refere-se: “O fanatismo, em relação à superstição, é o mesmo que o arrebatamento
é para a febre ou a raiva para a cólera [...] Desde que o fanatismo atacou o
cérebro de alguém, como se se tratasse de uma gangrena, a doença é quase
incurável.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> No
compêndio filosófico ainda faz questão de citar a noite de São Bartolomeu como o
exemplo “mais detestável” do fanatismo. Classifica como “fanáticos a
sangue-frio” os juízes que condenam de forma injusta. Talvez estivesse pensado
nos juízes do caso Calas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: -.05pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">O filósofo aborda especificamente sobre
a tolerância em 3 capítulos. Soma-se a isso mais dois capítulos sobre a
intolerância.<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
alguns países da Europa, lembra o autor, as diferenças entre religiões levaram
ao “derramamento de sangue”. Porém, tais países como Alemanha, Inglaterra e
Holanda, os de diferentes religiões “vivem como irmãos e contribuem igualmente
para o bem da sociedade” (p. 29). Contudo, a França, na mesma época, não
conseguiu semelhante estado de tolerância. Sendo os líderes religiosos
católicos franceses o “principal obstáculo” para isso (p. 31). Em seguida
apresenta o exemplo de várias nações e religiões ao redor do mundo que são
tolerantes. Voltaire era constante crítico do fanatismo e despotismo dos
líderes religiosos pois era o que levava a intolerância. Em seu verbete <i>Tolerância</i> ele assim afirma: “é o
apanágio da humanidade. Somos todos cheios de fraquezas e de erros;
perdoemo-nos reciprocamente as nossas tolices, tal é a primeira lei da
natureza.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Voltaire entende que a multiplicidade das religiões contribui para a tolerância.
“Quanto mais seita houver, menos cada uma delas será perigosa” (p. 35). Existir
uma religião dominante dissemina o espírito intolerante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Sobre a religião o escritor deixa claro:
“pela graça de Deus eu sou um bom católico” (p. 116). Apesar dessa afirmação é
sabido que Voltaire foi perseguido pelo clero francês. Foi considerado ateu.
Teve seus livros queimados em praça pública e foi-lhe tirado o direito de ser
sepultado em solo francês. Ele admite que a religião serve como freio moral:
“Em qualquer lugar em que houver uma sociedade estabelecida, uma religião é
necessária; as leis reprimem os crimes conhecidos, enquanto a religião se
encarrega dos crimes secretos” (p. 103). Contudo não aceita ser considerado
crime não acreditar na religião dominante (p. 63). No verbete <i>Religião</i> no Dicionário Filosófico ele
trata da separação do Estado e Igreja. A separação entre os dois é
constantemente evocada pelo filósofo. No verbete <i>Leis Civis e Eclesiásticas</i>, ao tratar dessa distinção, assevera:
“que nenhum padre possa, em caso algum, privar qualquer cidadão da menor
prerrogativa, a pretexto de que esse cidadão é pecador, pois o padre pecador
deve rezar pelos pecadores e não julgá-los.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Temas como razão, tolerância (e
intolerância), superstição, fanatismo e religião tratados por Voltaire em seu
livro foi de grande valia para França de sua época e também para nossos dias. O
escritor, mesmo sendo católico, consegue em seu discurso fazer análises
críticas de algumas dificuldades de sua religião. Voltaire, que chegou a ser
considerado ateu, revela a possibilidade de equilíbrio entre a religião e a
razão. Essa possibilita um convívio harmônico que gera a tolerância.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="color: #333333; font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; text-indent: 0px;"><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-right: 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="color: #333333; font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; text-indent: 0px;">[Resenha elaborada como requisito parcial disciplina História Moderna II, no curso de Licenciatura em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife: Janeiro de 2018.]</i></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Epitáfio sobre o túmulo de Voltaire.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ver
VÁRNAGY, Tomás. O pensamento político de John Locke e o surgimento do
liberalismo. En publicacion: Filosofia política moderna. De Hobbes a Marx
Boron, Atilio A. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales;
DCP-FFLCH, Departamento de Ciências Políticas, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências
Humanas, USP, Universidade de São Paulo. <span lang="EN-US">2006. </span>ISBN: 978-987-1183-47-0 Disponível em <span style="color: windowtext; text-decoration-line: none;">http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/filopolmpt/04_varnagy.pdf</span>,
acesso: 08/01/2018.</div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Termo usado para se referir aos protestantes durante as guerras religiosas na
França.</div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Esse massacre foi abordado por Alexandre Dumas no romance <i>A Rainha Margot</i>.</div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em <i>O Filósofo Ignorante</i>, p. 318. (VOLTAIRE.
Os Pensadores. 2 ed. São Paulo: Abril Cultura, 1978).</div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em <i>Dicionário
Filosófico</i>, p. 287. (VOLTAIRE. Os Pensadores. 2 ed. São Paulo: Abril
Cultura, 1978).</div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em <i>Dicionário Filosófico</i>, p. 182.
(VOLTAIRE. Os Pensadores. 2 ed. São Paulo: Abril Cultura, 1978).</div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Capítulos IV, V e VI sobre a tolerância e VII e VIII sobre a intolerância.</div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em <i>Dicionário Filosófico</i>, p. 290.
(VOLTAIRE. Os Pensadores. 2 ed. São Paulo: Abril Cultura, 1978).</div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/4%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%202/Trabalho%20VOLTAIRE/SOUZA,%20Celson%20-%20Resenha%20VOLTAIRE%20tratado%20sobre%20a%20toler%C3%A2ncia.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em <i>Dicionário Filosófico</i>, p. 235.
(VOLTAIRE. Os Pensadores. 2 ed. São Paulo: Abril Cultura, 1978).</div>
</div>
</div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-24723268100289039192018-02-12T19:02:00.000-03:002018-02-25T13:25:11.685-03:00DO CATIVEIRO BABILÔNICO DA IGREJA, Martinho Lutero (Resenha)<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJuPxNCQji_j-28oyBKnqRbdQB4hmweqKn7blVjOTeRzXpRTMnZUBtjzR4WSbJD9nn16VqFcXzBhDALSZ_j6DMKb26IyoRgNPoxOSPWt7IazL3c5WaRIdPDKNkOzpQ9vUm5sAsF6er2Xk/s1600/do+cativeiro+babil%25C3%25B4nico+da+igreja.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="250" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJuPxNCQji_j-28oyBKnqRbdQB4hmweqKn7blVjOTeRzXpRTMnZUBtjzR4WSbJD9nn16VqFcXzBhDALSZ_j6DMKb26IyoRgNPoxOSPWt7IazL3c5WaRIdPDKNkOzpQ9vUm5sAsF6er2Xk/s200/do+cativeiro+babil%25C3%25B4nico+da+igreja.jpg" width="126" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">LUTERO,
Martinho. <b>Do cativeiro babilônico da
igreja.</b> São Paulo: Martin Claret, 2006. 159p.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“O
agostiniano possuía uma caráter forte, unilateral, descomedido, exuberante,
impulsivo, mais disposto a se apossar da realidade que a aceitá-la
humildemente.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Assim alguns viam Lutero. Na verdade esse bispo agostiniano foi responsável pelas
reformas que reavaliaram os rumos da Igreja cristã no século XVI. De
personalidade polêmica, Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben,
ao sul de Berlim, na Alemanha. Morreu na mesma cidade em 18 de fevereiro de
1546. Recebeu influência dos Irmãos de Vida Comum<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
a partir de 1497. Estudou filosofia na universidade de Erfurt. Obteve o grau de
Bacharel em Artes em 1502 e Mestre em Artes em 1505. Nesse mesmo ano começou a
lecionar artes na faculdade dos Artistas. Por essa época Lutero enfrentou o
perigo de morte diante de um grande temporal. A partir daí fez um voto com Deus
e passou a se interessar por Teologia. Ingressou no convento agostiniano onde foi
levado a ensinar Teologia e aprimorar sua formação na área. Obteve o grau de
Bacharel em Teologia (1508) e Doutor em Teologia (1512) na universidade de
Wittenberg. O texto mais conhecido desse teólogo alemão foram suas 95 teses.
Elas foram inicialmente divulgadas aos seus superiores, bispos de Brandenburg e
Magdeburg. Após houve grande difusão desse texto por esses bispos, além do que
o próprio Lutero esperava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
suas teses o agostiniano criticou a prática de vendas de indulgências. Essa
crítica levou-o a ser denunciado por heresia e ao processo por heresia que
concluiu com sua excomunhão e banimento em 1521. Durante esse processo de
julgamento, principalmente em 1520, foi abundante a produção de textos atacando
Lutero. Textos que o próprio julgado se defendia também foram produzidos. Ainda
em 1920 o agostiniano produz três textos importantes em sua defesa. Entre eles
se encontra “Do Cativeiro Babilônico da Igreja: um prelúdio”<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Sobre a motivação desse texto, o próprio escritor salienta adiante: “Mas dirás:
Que há? Queres subverter todo o uso e costume das igrejas e dos monastérios que
tiveram validades durantes tantos séculos (...)? Respondo: é precisamente esse
o motivo que me levou a escrever sobre o cativeiro da Igreja!” (Lutero, 2006,
p. 51, 52)<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Nesse texto o autor intensifica sua crítica à fundamentação errônea do
sacramento e ao seu uso com objetivo de trocas diante de Deus. Os sacramentos
eram à base da Igreja de então. Tinham objetivos claros de regular a vida:
nascimento, casamento e morte<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Só tinham valor se realizados sob ofícios da Igreja: os sacramentos. A essa
forma de controle Lutero chamou de “cativeiro”. Para ele a Igreja se tornara
como o “cativeiro babilônico”, pois os cristãos estavam exilados do que seria a
verdade dos sacramentos (p. 50).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
texto em análise foi uma tradução do original latim <i>Do Capitivitate Babylonica Ecclesiae Praeludium</i>. Foram acrescidos
ao seu início uma introdução de um teólogo brasileiro<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e ao seu final textos complementares<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
No que poderíamos chamar de introdução do próprio Lutero (a partir da p. 19)
ele reconhece que em outro momento foi mais flexível com a questão das
indulgências. Agora “decididamente, compreendi que elas nada mais eram que
meras imposturas dos aduladores romanos, através dos quais eles punham a perder
a fé em Deus e o dinheiro das pessoas” (p. 19). O reformador alemão cita uma
questão envolvendo “um outro frade alemão, de Leipzig”. Este, afirma Lutero,
escreveu ataques em relação ás “duas espécies do Sacramento” (p. 21). Essa
polêmica envolve a questão da Eucaristia, ocasião em que aos leigos apenas é
ministrada uma espécie, o pão (hóstia), e não o vinho. Este apenas era possibilitado
ao sacerdote. Esse embate permeia boa parte do livro “Do Cativeiro Babilônico”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGB1wQbcd1kfRqTFsLyOPAdKmmy3LeroeyZQtlNnLf_EgZhTy3SvSRq4ivPvyM7NszMaQaY0ZgtGubg3FBUjYtkPWr4XZKgBPAaszfL1EwHkh1vwXiVpqs0tcSAlHuIzjYyBNbPQ59pXM/s1600/sacramentos+pintura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="487" data-original-width="1058" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGB1wQbcd1kfRqTFsLyOPAdKmmy3LeroeyZQtlNnLf_EgZhTy3SvSRq4ivPvyM7NszMaQaY0ZgtGubg3FBUjYtkPWr4XZKgBPAaszfL1EwHkh1vwXiVpqs0tcSAlHuIzjYyBNbPQ59pXM/s320/sacramentos+pintura.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
primeiro sacramento começa a ser tratado na página 26: o “Sacramento do Pão, o
primeiro de todos”. Na sua crítica Lutero lembra a importância das Escrituras:
“Essas queremos estudar” (p. 27). Essa metodologia de fundamentar-se pelo texto
das Escrituras encontramos como base de todos os argumentos contra a
instituição romana dos Sacramentos. Esse sacramento, designado por ele como
“primeiro de todos”, é o que recebe maior atenção no texto, aproximadamente 1/3
do escrito. O questionamento é: porque na Eucaristia apenas ao sacerdote é
ministrado o pão e o vinho, e ao leigo não é permitido esse último? A
instituição da primeira ceia feita pelo próprio Cristo, conforme registrada nos
Evangelhos, foi ministrada as duas espécies para todos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Se porém, (ambas as
espécies) foram dadas simultaneamente aos leigos, depreende-se inevitavelmente
(deste fato) que não se deve negar ambas as espécies aos leigos. Se alguém se
negar a dá-las ao que as pedem, age impiamente contra o exemplo dado por Cristo
e (sua) instituição.” (Lutero, 2006, p. 28)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
inquietação do autor se demonstra ao asseverar por algumas vezes: com que
autoridade a Igreja faz isso? Sua conclusão vem em seguida: a Igreja ordenou
por invenção humana. Faltando fundamento nas Escrituras essa instituição não
passa de “vaidade do frei... seu sonho... não podendo se deduzir nenhuma letra
[da Escritura]...” (p. 30). A partir dessa afirmação Lutero também questiona a
validade da Igreja condenar alguns como hereges e cismáticos se ela mesma não
usa as Escrituras, mas apenas a vontade humana. Nessa mesma linha de análise
ele também questiona a autoridade do Papa. Nem ele nem mesmo um anjo pode negar
ambas as espécies aos leigos. “É ímpio e tirânico” (p. 32). Também está em jogo,
conforme o agostiniano, a liberdade cristã. Não cabe ao “tirano romano”
extinguir a liberdade concedida por Cristo (p. 33). Dentro da crítica a
Eucaristia da época, ele também ataca a realização missa, que no seu
entendimento passou a ser um negócio. “Fizeram do divino Sacramento verdadeiros
dias de feira livre” (p. 41). Sobre a missa Lutero ainda lembra que pela
prática de fazer a consagração em voz baixa se exclui mais uma vez o povo. Como
se essas palavras fossem “demasiadamente sagradas para serem entregues ao povo”
(p. 45). Em outras palavras: o povo não era tão santo quanto os sacerdotes para
ouvirem a consagração. A missa deveria ser envolta em simplicidade, assim foi
na instituição da primeira ceia com Cristo. Isso também possibilita maior
proximidade com o povo. A pompa dos rituais apenas acentua a divergência
sacerdote versus leigo. Finalizando sobre o primeiro sacramento (p. 58) Lutero
usa termos que chamam para liberdade do cativeiro: consciência, perdão,
gratuidade, somente a fé e o testamento de Cristo como única regra. Assim faz
lembrar os novos princípios teológicos da Reforma Protestante.<a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
segundo Sacramento analisado é o batismo. Esse ao ser ministrado em crianças
era o exemplo da não contaminação. Sem a maldade dos adultos, afirma o autor,
mantinha-se conservado da “avareza e da superstição” (p. 58). Ele lembra que o
batismo foi de certa forma colocado em segundo plano, pois descobriram em
outros sacramentos uma possibilidade para perdão dos pecados e para se “chegar
ao céu”. Lutero faz um chamado à simplicidade ao invés da pompa criada no rito
da época (p. 59). Mais uma vez o teólogo alemão questiona a autoridade e
tirania do Papa: “Essa glória de nossa liberdade e conhecimento do Batismo
estão cativos em nossos dias. A quem podemos atribuí-lo se não à única tirania
do Pontífice Romano (...)?” (p. 69). Assevera que o cristão não está sob o
julgo de nenhuma lei, seja humana ou institucional. A única lei que deve seguir
é a divina. Quando uma orientação é imposta sem exemplo da Escritura é perigoso
obedecê-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
dois primeiros sacramentos foram tratados de forma mais abrangente. Os próximos
serão tratados de forma simples. Sobre a Penitência (p. 79), lembra que já escreveu
outros tratados a respeito. De início volta a lembrar que esse sacramento, como
os outros, está envolvido pelo lucro e pela ganância. A penitência, que pode
ser dividida em três etapas: contrição, confissão e satisfação (p. 80), deve
ser regida pela fé. Deve ser independente dos rituais. Sendo a confissão uma
ação que pode ser feita entre irmãos e não apenas ao sacerdote. O quarto
sacramento é o da confirmação, poucas palavras sobre ele (p. 87/88). Alega não
ser um sacramento divinamente instituído. O matrimônio, outro sacramento, é
analisado a partir da página 88. O reformador lembra que o “mero sinal não pode
ser sacramento”. O matrimônio existe independente da Igreja. O autor analisa o
texto de Efésios 5.32 com uma tradução não adequada ao chamar o “matrimônio
como sacramento”. Na verdade o mais adequado, conforme Lutero, seria
“matrimônio como mistério.” Nesse sentido “o sacramento é mistério e coisa
secreta que se indica por meio de palavras, mas se compreende pela fé do
coração” (p. 90). Para o agostiniano os romanos se tornaram mercadores da fé:
“O que eles vedem? Vulvas e uretas” (p. 93). Para ele a Igreja apenas queria
tirar lucro do casamento. Por isso o institucionalizara como sacramento. O
sexto sacramento, a Ordem, alerta sobre “em todo Novo Testamento não ser
mencionado uma só palavra” sobre ele (p. 101). Mais um sem instituição divina.
Em seus argumentos Lutero recorre a Agostinho. Torna-se relevante pois ele
mesmo era da ordem dos agostinianos. Citando o bispo de Hipona lembra que
alguns fazem uso equivocado de Agostinho. Também salienta que mesmo o Santo
Agostinho deveria estar em conformidade com a Escritura. Assim a Ordem tem
valor como rito eclesiástico como tantos outros. A Ordem como sacramento serve
apenas para alimentar a “implacável discórdia entre clérigos e leigos” (p.
105). A Ordem é um sacramento que mina a fraternidade cristã. Em sua última
análise aparece o sacramento da Extrema-Unção. Ela tem como alvo quem está em
extremo perigo de morte (p. 110). A Igreja defende esse sacramento a partir do texto
de Tiago 5.14,15. Conforme Lutero esse texto defende a oração por todos os
doentes, não apenas os que estão em perigo de morte, e deve ser feita para
sarar o enfermo, não para “encaminhá-lo” em boa morte. A extrema-unção, como
possibilidade de perdão e paz a beira da morte, pode ter sido mais um rito para
angariar recursos para Igreja (p. 115).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
título de conclusão Lutero lembra que é o que tem por ora. Lembra que todos
esses sacramentos não partem das Sagradas Escrituras, foram na verdade engendradas
no seio das universidades e recebidos pela Sé romana. Os teólogos, afirma o
reformador, deveriam proporcionar a Igreja o conhecer verdadeiro das Escrituras
e saber fazer o uso legítimo dos sacramentos. Mas, na verdade, “obscurecem-nas
deliberadamente” (p. 116). “Eu, se não consegui, pelo menos procurei não
obscurecê-lo e facilitei a outros a oportunidade de pensar melhores coisas.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Do
Cativeiro Babilônico” se reveste de importância, pois Lutero se coloca como
defensor do povo. É um texto pensado a partir da necessidade do leigo que se vê
excluído dos rituais da Igreja. Mesmo após sua formação acadêmica ele não se vê
como um homem da universidade. Seu viés humanista também o faz lutar contra o
controle dos cristãos por parte da Igreja. Desfazendo as colunas dos
Sacramentos, será destruído o controle. A ideia da Igreja apenas como os
sacerdotes, uma herança medieval, é desfeita pelo bispo alemão. Reconhece a
Igreja como todo povo de Deus (p. 30). Por isso os sacramentos não são
propriedade dos sacerdotes, eles são apenas ministros (p. 33). O texto faz
questão de resgatar a fé como qualidade individual, independente das
instituições. Se o sacramento não for ministrado corretamente, o solicitante o
recebe pelo mérito da fé. Permeia também seus argumentos a questão da liberdade
em detrimento do poder institucional. Outra ideia humanista vista no teólogo
reformador é o uso das Escrituras de forma simples e conforme a gramática. Isso
traz reflexo sobre a ministração da missa: “deveria ser feita em qualquer língua
popular, para que se promova a fé com maior eficácia” (p. 55). Outra triste
herança medieval rejeitada pelo agostiniano era a pompa dos ritos. Apenas
servia para criar maior separação entre clero e leigos. Essa separação apenas
servia como forma dos sacerdotes, e o Papa como maioral deles, dominar o povo.
A imposição de autoridade é constantemente questionada. Ninguém tem o direito
de impor ao cristão, a não ser pelo próprio consentimento dele (p. 69). Tirando
a separação e o domínio, ações de fraternidade cristã, como a própria confissão
de pecados (p.83/84), seriam mais comuns entre os irmãos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Necessário e relevante ao cristianismo do século
XVI, esse texto do reformador protestante é bastante atual. Os rituais
pomposos, a procura por domínio através da imposição de autoridade, a separação
entre “castas” mais santas, o interesse financeiro, imposição da instituição em
detrimento do indivíduo, etc. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">ainda
têm espaço na Igreja.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><i>[Resenha elaborada como requisito parcial disciplina História Moderna I, no curso de Licenciatura em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife: Julho de 2017.]</i></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> MARTINA,
Giacomo. Historia da Igreja: de Lutero a nossos dias. 5 ed., São Paulo: Loyola,2014,
p. 122.</span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“Movimento de piedade que buscava o temor de Deus e a santificação da vida do
leigo no dia-a-dia, mais conhecido como ‘devoção moderna’.” (Por Martin Dreher,
na introdução do livro, p. 11)</span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
publicação desse texto, conforme DREHER, data de 06/10/1520 (p. 14). Os outros
textos em destaque seriam: “Do Papado de Roma: contra o celebérrimo romanista
de Leipzig” e “À Nobreza Cristã da Nação Alemã, acerca do melhoramento do
Estamento Cristão.”</span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nas
próximas referências seguem apenas a referência a página.</span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> A Igreja
reconhecia 7 sacramentos ao todo. De forma resumida esses três sacramentos
mostram como a igreja controlava o início, meio e o fim da vida. (Nascimento
com o batismo e a morte com a extrema unção).</span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Martin
N. Dreher, com doutorado em História da Igreja na Alemanha.</span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> Dois
textos elucidativos sobre Lutero: As 95 teses e Informes Biográficos.</span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Celson/Desktop/UFRPE/3%C2%BA%20per%C3%ADodo/Moderna%201/CELSON%20COELHO%20Resenha%20de%20Martinho%20Lutero%20Do%20Cativeiro%20Babil%C3%B4nico.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Os <i>solas</i> da Reforma Protestante: <i>sola gratia, sola fides, sola scriptura </i>e<i> sola Cristus</i>.</span></div>
</div>
</div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-47318620208503008372017-01-19T11:17:00.000-03:002017-01-19T11:17:26.094-03:00A VIDA PARECE UM EMARANHADO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj23G9yRmLP98OlSFZv7lOh4lrUOUbOlcuqdFyH1TeBzqR7UON6qltAHpu3XN0y8NETbRVehJwAQpzxzGNDWcQZegQSfFcjUeYpWG_x7jM6QAdEzqnAWvwCgyUr8fMdUMiN3DBU_yzp78E/s1600/tecel%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj23G9yRmLP98OlSFZv7lOh4lrUOUbOlcuqdFyH1TeBzqR7UON6qltAHpu3XN0y8NETbRVehJwAQpzxzGNDWcQZegQSfFcjUeYpWG_x7jM6QAdEzqnAWvwCgyUr8fMdUMiN3DBU_yzp78E/s320/tecel%25C3%25A3o.jpg" width="258" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Por Celson Coêlho</i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A vida parece um
emaranhado. São pessoas, acontecimentos e decisões. Bons e ruins. Intensos e
suaves. Tudo se misturando e resultando no “eu” que somos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Creio na verdade nos
propósitos em tudo. Algo parecido com o trabalho de um tecelão que realiza uma
obra de arte com vários fios que isolados parecem não ter valor. A beleza está
em conseguir contemplar o todo e não cada fio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ravi Zacharias propôs
isso no livro o Grande Tecelão. Sendo indiano, fez analogia com os tecelões
indianos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Ora, se um tecelão
comum pode pegar uma poção de fios coloridos e criar uma vestimenta para
embelezar a aparência, não seria possível o Grande Tecelão ter um projeto em
mente para você, um projeto que lhe adorna, enquanto ele vai usando a sua
própria vida para moldá-la segundo o seu propósito, utilizando todos os fios ao
seu alcance?” (p. 16)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E assim seguimos nas
mãos do Grande Tecelão, Deus. Que Ele nos cuide e faça sua grande obra de arte
com todos os fios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Nossa vida contém fontes mil,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E morre se uma se esgotar;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estranho que uma harpa de cordas mil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mantenha a harmonia por tanto tempo sem
parar!” (Estrofe do hino de Isaac Watts, citado por Zacharias, p. 17)</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-25124236305214186622017-01-18T16:26:00.000-03:002017-01-18T16:26:25.744-03:00O FILME “ASSASSIN’S CREED” E O OBJETIVO DA RELIGIÃO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ZRGKcbYYbuJdV3Vx06taIw_x489RNVe3tTSKS49pRP5Ip9YR0sTTUn6_D9Q-kWwB_yNIe7m1MdeQzjkQprEO0pHxJeK2zGR0Ehqlz4DlOC30NBQIu6PeKBUnWOJNjZSDBin8bBHd-vA/s1600/filme+assassin%2527s+creed.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ZRGKcbYYbuJdV3Vx06taIw_x489RNVe3tTSKS49pRP5Ip9YR0sTTUn6_D9Q-kWwB_yNIe7m1MdeQzjkQprEO0pHxJeK2zGR0Ehqlz4DlOC30NBQIu6PeKBUnWOJNjZSDBin8bBHd-vA/s320/filme+assassin%2527s+creed.jpg" width="216" /></a><i></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><i>Por Celson Coêlho</i></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por esses dias assisti
ao filme “Assassin’s Creed”. Achei interessante sua forma ficcional de
interpolar a inquisição espanhola com a atualidade. Por isso procurei assisti-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O filme é uma adaptação
do game com mesmo nome, mas de pouco interesse para nosso objetivo. Também não
pretendo recorrer aos detalhes históricos da inquisição, não cabe aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Resumidamente: o enredo
mostra um detento atual sendo usado num projeto que, numa viagem no tempo,
tenta encontrar um artefato desejado, a Maçã do Éden. Para isso faz-se
necessário um descendente de um membro da irmandade Credo dos Assassinos. Pois
assim será possível reviver as memórias do seu ancestral e descobri onde
esconderam o artefato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sem antecipar o filme
para os que desejam assistir, se desenrola “insights” entre a inquisição
espanhola por volta de 1400 e os dias atuais. Na verdade o fio condutor é o
interesse pela Maçã do Éden. Interesse que fez parte da história e ainda gera
disputas na atualidade, conforme o filme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Isso serviu para
ambientar. Vamos ao que interessa: o que tem nessa bendita Maçã do Éden? Nela
existe um código/poder que pode gerar o controle do livre arbítrio da
humanidade (também esclareço que não interessa aqui os conceitos teológicos
sobre livre arbítrio e predestinação, têm aos montes no “Google”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se bem entendi o
enredo, um dos grupos, os Templários, o braço armado da religião, tenta
encontrá-la para erradicar a violência. Tendo o controle sobre o livre arbítrio
se controlará a violência. Para eles o livre arbítrio impede a paz. Por isso é
melhor controlá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Rapaz!!! Não parece que
é assim mesmo que fazem uso da religião. Têm o objetivo de controlar a liberdade
de escolha das pessoas. Parece que esse é o objetivo de muitos que “comandam”
as religiões. Criam-se normas de condutas pesadíssimas para manter as pessoas
presas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O outro grupo, os “Assassin’s
Creed”, lutam para manter a maça protegida, pois para eles a paz é alcançada
defendendo a liberdade de escolha. Como contrariam os interesses dos que
comandam a religião instituída são chamados de assassinos. Lógico que o filme é
de ação e tem assassinatos sim. Mas o outro grupo também mata. Mas não são
chamados de assassinos. São Templários. Defensores do templo. Entende? Os
contrários são assassinos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não parece um pouco com
o que vemos por aí?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em um dos diálogos
entre o “assassino” cobaia e a “doutora” responsável pelo projeto ele relembra
que o objetivo é salvá-lo do “gene” da violência. Na sequência ele questiona: “e
quem salvará você?”<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Atam
fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens;
entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” </span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(Disse
Jesus em Mateus 23.4)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Trailer do Filme<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">https://www.youtube.com/watch?v=jTgzJ79KDsg<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Críticas sobre o filme<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.adorocinema.com/filmes/filme-198730/criticas-adorocinema/<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://cinema10.com.br/filme/assassins-creed-movie<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-79752244681040667302017-01-06T08:00:00.000-03:002017-01-14T16:24:26.693-03:00Lucas 6: CUIDADO COM A PRESUNÇÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5mGwpMWKz0jlwqoPCh_oyxA1Kbh6uljPynaM4ui-_o-QnAD9BXtOL0UpcFArjSXGVBcbk66iVIgA1kLgfpQeaPgoptPN31u86oMKzEOaXh7JY-2lLOqFlDkgZEPmfnmSywaYkKxKWsu0/s1600/28-presuncao-b.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5mGwpMWKz0jlwqoPCh_oyxA1Kbh6uljPynaM4ui-_o-QnAD9BXtOL0UpcFArjSXGVBcbk66iVIgA1kLgfpQeaPgoptPN31u86oMKzEOaXh7JY-2lLOqFlDkgZEPmfnmSywaYkKxKWsu0/s320/28-presuncao-b.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i> Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vivemos uma época que o
espírito de conquista nos é imposto. Desde a infância somos impulsionados a
competir. A cada momento parece estarmos nessa busca de “quanto mais, melhor”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao formar seu grupo de
discípulos Jesus sabia disso. Em Lucas 6 ele vai demonstrar preocupação nesse
sentido, pois quando o espírito de conquista impera as vidas são ignoradas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tendo uma multidão que
o seguia e vendo a repercussão de seus milagres, achou por bem de início
alertar seus discípulos mais próximos: “O discípulo não está acima do seu
mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre” (Lc
6.40).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Existe uma corrida para
ser o melhor em todas as áreas. Estar acima é o alvo. Chegar ao topo. Com isso
se cria a presunção de ser melhor que o outro. Lembremos que presunção
significa opinião excessivamente boa acerca de si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Jesus continuou com seu
alerta: se você se achar o melhor, sabe o que vai acontecer? Você vai enxergar
um cisco no olho do outro, mas não enxergará uma trava no seu. Ou seja, você
vai assumir uma posição de superioridade moral. Isso impedirá de ajudar o teu
irmão (Lc 6.41, 42). Agindo assim você será como um cego guiando outro cego, o
fim dos dois será um barranco, será a queda (Lc 6.39).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A presunção torna a
leve imperfeição do outro mais aparente que uma grande imperfeição em nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-83113830784132206522017-01-05T08:00:00.000-03:002017-01-14T16:18:56.705-03:00Lucas 5: MAIS DO QUE PALAVRAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxBLh2rLhxqZx45GWHmFbt_CZKQcG0kr1qIeTKxvRkepPz9Whw8IKe4e9EXTg3xdYa2qd_C1Xnyvtsp3xVHdMhHOOkPexkwHlJMdDjVqfxD_hVjL1YVAFMRa2eoXJSu4LVfx4EC0Ucp80/s1600/preconceito_racial%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxBLh2rLhxqZx45GWHmFbt_CZKQcG0kr1qIeTKxvRkepPz9Whw8IKe4e9EXTg3xdYa2qd_C1Xnyvtsp3xVHdMhHOOkPexkwHlJMdDjVqfxD_hVjL1YVAFMRa2eoXJSu4LVfx4EC0Ucp80/s320/preconceito_racial%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i> Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A segregação impõe
fortes dores psicológicas ao ser humano. Os diferentes, os “defeituosos” sempre
são de alguma forma segregados; separados do convívio e evitados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na leitura do evangelho
de Lucas vimos que tentaram fazer isso com Jesus. “Os da sinagoga”, com a força
das suas regras, demonstraram que ele não era bem vindo. Agora, após a chamada
dos seus discípulos mais próximos, Jesus tem uma grande oportunidade de
desfazer o sentimento de segregação que imperava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Um leproso vem ao encontro
de Jesus (Lucas 4.12-16). Causa estranheza, pois ele deveria estar fora da
cidade e ao caminhar deveria gritar: “Imundo! Imundo!” Para que todos se
afastassem dele. A lepra era uma doença terrível e temida. Desfigurava a pessoa
e, muitas vezes, era fatal. A proteção dos “saudáveis” era afastar o leproso do
convívio. Além do mal físico causado pela doença, era imposto um grande peso
psicológico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Encontrando-se com
Jesus o homem clama: “purifica-me!” Seu desejo é deixar de ser imundo, <b>não</b> apenas curar-se. É deixar de viver
isolado e não ter mais que gritar “Imundo! Imundo!” e ver as pessoas se
afastando dele. “Purifica-me!” Torna-me uma pessoa comum novamente. Restitui-me
ao convívio entre os outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Jesus poderia apenas
declarar: “seja curado.” Com certeza assim ocorreria. Porém ele demonstra amor
e mostra o exemplo tocando nele. Jesus não precisava de proteção contra os “defeituosos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ele demonstrou com
atitude o que afirmou nas palavras: “O médico deve estar onde está o doente e
não entre os saudáveis. O salvador deve estar entre os pecadores e não abraçado
com os bons” (Lc 5.31, 32).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-68150803117428491772017-01-04T08:00:00.000-03:002017-01-14T16:06:05.341-03:00Lucas 4: VOCÊ NÃO É DA NOSSA PANELA! NELA VOCÊ NÃO ENTRA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhm8xrvngcPNuQ3IGOd9GUq8dKQQFjPN3m9ok3fIjSDgJbLdFn6qi3N4_zIh4scOaoVHJz3DEDg55nfqnk6iqmyncEVcEWQun5f0x8LdhAP29BHDA0jgMx-0j_XxzXox9dRh0OkqjNBFs/s1600/panela+de+pessoas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhm8xrvngcPNuQ3IGOd9GUq8dKQQFjPN3m9ok3fIjSDgJbLdFn6qi3N4_zIh4scOaoVHJz3DEDg55nfqnk6iqmyncEVcEWQun5f0x8LdhAP29BHDA0jgMx-0j_XxzXox9dRh0OkqjNBFs/s320/panela+de+pessoas.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Você é daqui mais aqui
você não entra!” Talvez isso que eles realmente queriam afirmar. Uma das necessidades
do ser humano é aceitação em grupo, a socialização. Só que nem sempre isso
ocorre com facilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No capítulo 4 de Lucas,
Jesus é chamado para ler uma parte das Escrituras. Mas ele complica a situação.
Já existia um grupo formado ali e ele parece fugir dos ditames dos homens da
sinagoga.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Primeiro afirmou que
sua leitura de Isaias, indicando a ação do Messias esperado, se cumprira
naquele momento. Acho que pensaram: “foi só fazer uma leitura bíblica e já está
querendo aparecer.” </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então resolveram colocar Jesus no lugar dele: “Não é este o
filho de José?” (Lc 4.22) Não é este o filho do carpinteiro? Como quer inventar
moda aqui na sinagoga?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Completando a confusão
Jesus demonstrou que eles na verdade não sabiam de nada: “Olhem a história de
Israel. Na época de Elias existiam várias viúvas em Israel. Mas o profeta foi
enviado apenas a Viúva de Sidom. Existiam muitos leprosos na época de Eliseu.
Mas o sírio Naamã que foi purificado” (Lc 4.25-27). Vocês não sabem de nada
inocentes! Está acontecendo o agir de Deus fora das panelas e vocês não
entendem isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Todos na sinagoga
ouvindo essas coisas se encheram de ira” (Lc 4.28). Após isso expulsaram Jesus
e tentaram matá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Hoje devemos ter muita
cautela. Corremos o risco de expulsar e “matar” a mensagem de Deus entre nós...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Observação: Jesus era
de Nazaré e os de Nazaré não o aceitaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-38413986267155776162017-01-03T08:00:00.000-03:002017-01-14T15:56:45.621-03:00Lucas 3: PAU QUE NASCE TORTO NÃO MORRE TORTO!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLcmwujBSaTdAslAKzPFtUSOkg-gLrrLKMAJphqwdTW3KsjcI4FErE3IFx076idpNJe1FOwn2sg8oPBsoxsWd7gKzyISUlXcsry2xRVg4V8hLxn2xTUIcnubA7HuLjEGEZXz48QrHKY2w/s1600/caminho%252Btortuoso%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLcmwujBSaTdAslAKzPFtUSOkg-gLrrLKMAJphqwdTW3KsjcI4FErE3IFx076idpNJe1FOwn2sg8oPBsoxsWd7gKzyISUlXcsry2xRVg4V8hLxn2xTUIcnubA7HuLjEGEZXz48QrHKY2w/s320/caminho%252Btortuoso%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No início da vida
cristã vi uma analogia de como seria o arrependimento: é você estar em um
ônibus e ao saber que ele vai para o caminho errado, pedir parada e tomar o
ônibus certo. Uma ilustração válida, porém simples para uma atitude não tão
simples assim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Arrependimento é o
centro na mensagem de João Batista em Lucas capítulo 3. Sua pregação afirma:
“todo vale se encherá, e se abaixara todo monte e outeiro; e o que for tortuoso
ficará direito, os caminhos irregulares ficarão planos” (Lc 3.5). Temos um
ditado que diz: “pau que nasce torto morre torto.” Falando hoje João Batista
diria: “nada disso meu amigo! Pau que nasce torto será endireitado.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Devemos lembrar que a
perspectiva bíblica não é abstrata; não apenas teoria. Quando interrogaram João
sobre o que fazer, ele foi claro: “repartir o que tem com o próximo. Não cobrar
o desnecessário. Não maltratar o outro” (Lc 3.10-14). Ou seja: “tenham
atitude!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Arrependimento é uma
palavra de destaque no Evangelho. Mas também é uma atitude necessária para vida
cristã.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-63465491444885943572017-01-02T08:00:00.000-03:002017-01-14T15:48:36.197-03:00Lucas 2: VÁ PRIMEIRO AO MENINO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSOvuNBONBB_lXcMmI3zNpMffmF5AEQucFha0SXdfbm9Vmaa3DdVRCddcaeQ6rtrEEQYQgcISEVuak0L9lCwUkmHJXm1N8naR1R9rBbbgV2t4TYVZRkz860FT0mNr8SjYnZVB5VWJ70Ng/s1600/REIS+MAGOS1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSOvuNBONBB_lXcMmI3zNpMffmF5AEQucFha0SXdfbm9Vmaa3DdVRCddcaeQ6rtrEEQYQgcISEVuak0L9lCwUkmHJXm1N8naR1R9rBbbgV2t4TYVZRkz860FT0mNr8SjYnZVB5VWJ70Ng/s1600/REIS+MAGOS1.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
evangelho de Lucas, no capítulo 1 os anjos trouxeram novas notícias. No 2º
capítulo, mais uma vez por orientação divina, o anjo aparece. Agora os
agraciados são pastores em Belém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
criadores estavam com os mesmos animais de sempre, envoltos nas mesmas tarefas.
Mas a rotina deles foi quebrada, pois “o anjo desceu onde eles estavam” (Lc
2.9). Com isso eles foram impactados devido à “glória do Senhor”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Depois
desse impacto eles foram “apressadamente” a procura do menino. Procuram ver e
entender quem era o menino. Ou seja, eles vão a Jesus. A primeira coisa que
fizeram após ser impactados pela glória divina foi olhar para Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
fim, depois de ver o menino, vão as pessoas (Lc 2.17). Às vezes temos
esquecidos dessa lógica: impactados com a glória divina; ir a Jesus; e ir às
pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quando
você achar que foi impactado pela glória divina, vá ao menino. Vá primeiro a
Jesus...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-81849920901907064622017-01-01T08:00:00.000-03:002017-01-14T15:48:19.809-03:00Lucas 1: UM INÍCIO INCOMUM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0tSEP6wyNNstMcWoNw-eYWt-_vJvZccFUIRTfjM8tOCUUgw-qdRWxyxTZrKOGpfB1hurp385ujyAWMyWWtbVEdFOuyZ-dsiXv4rMyplPHQxrgPyZs4_1E0AL9OpFhNl2D_LfdII3AZl8/s1600/inicio-28129.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0tSEP6wyNNstMcWoNw-eYWt-_vJvZccFUIRTfjM8tOCUUgw-qdRWxyxTZrKOGpfB1hurp385ujyAWMyWWtbVEdFOuyZ-dsiXv4rMyplPHQxrgPyZs4_1E0AL9OpFhNl2D_LfdII3AZl8/s320/inicio-28129.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando crianças,
dizíamos brincando: todo início é pelo começo. Nada mais óbvio...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Iniciando a leitura do
evangelho de Lucas encontramos algo incomum. Alguns estarão atentos aos relatos
miraculosos do capítulo 1. Creio neles também. Contudo, outra anormalidade
aparece ali.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A intervenção divina
narrada nesse livro acontece na vida de pessoas comuns. Começa com um tal de
Zacarias e uma tal de Izabel. Estende-se a um tal de José e uma tal de Maria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No livro de Mateus
temos: “Jesus FILHO DE DAVI...” e segue-se sua genealogia. Quando Lucas oferece
uma genealogia (Lc 3.23) lemos: “Jesus, FILHO DE JOSÉ...” Mateus começa por
cima: Davi, o rei. Lucas começa por baixo: José, o... o que mesmo? Ah! O
carpinteiro, sua única referência...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O portador da mensagem
divina, o anjo, ao aparecer, o faz para essas pessoas. Pessoas comuns. Vemos em
Lucas o incomum divino agindo no comum da vida...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-57012533424473686422016-12-29T09:17:00.001-03:002016-12-29T09:18:07.905-03:00SIFRÁ E PUÁ, VOCÊ JÁ VIU ESSES NOMES?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDT5Qwc_BgPkbdYzLYWuqAABtv3v54h5BxrMutygBTbk3KIMA7v7iYutH3ambwc0gL3iVopdb7_DkDfxzEhtXDYsp1FkEd6CynlkoZYsufEIXincYpYiC5sYyls411lpbTtrrA9_YUyho/s1600/sifrapua.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDT5Qwc_BgPkbdYzLYWuqAABtv3v54h5BxrMutygBTbk3KIMA7v7iYutH3ambwc0gL3iVopdb7_DkDfxzEhtXDYsp1FkEd6CynlkoZYsufEIXincYpYiC5sYyls411lpbTtrrA9_YUyho/s1600/sifrapua.jpg" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por Celson
Coêlho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se já é porque ou tem
boa memória ou alguém te alertou em alguma ocasião. Porém, muitos, se não
todos, estão em uma 3ª opção: nunca viram nomes tão estranhos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com certeza você, igual
a mim, já passou por esses nomes e os achou insignificantes. Nem vimos que
estava ali. Somos assim! Estamos à procura dos grandes heróis e dos grandes
feitos. Até porque também desejamos ser grandes e fazer grandes coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esses nomes estão no
meio de grandes nomes. Na descrição de grandes nações, uma consolidada e outra
nascendo. Na origem de um destacado feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A ação dessas mulheres
e seu registro revelam que existe agir de Deus de modo simples e sem alarde. E
talvez essas ações sejam as mais significativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sifrá e Puá estão
agindo no início do livro do Êxodo (Ex). Os grandes ali são José, que acabara
de morrer, e Faraó (um título), que desconhecia a importância de José. As
grandes nações eram Israel, se tornando populoso e na iminência de se tornar
uma nação, e o Egito, com grande poderio bélico, mas incomodado com a
multiplicação dos filhos de Israel. O grande feito é o Êxodo deste povo, sua
saída da escravidão do Egito. Registrada no decorrer do livro e que sinaliza
princípios da historia da salvação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O grande José estava
morto. O grande Faraó é anônimo. Os nomes dos filhos de Israel citados no
início do capítulo 1 servem apenas para confirmar a genealogia dos que entraram
no Egito. Agindo de forma significativa ali aparecem Sifrá e Puá, duas
parteiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Faraó armou uma
estratégia para impedir o crescimento de Israel: 1) amargar dura servidão; 2)
matar os filhos homens no parto; e 3) por fim, os que nascerem lançar no Nilo.
Obtendo êxito nessa estratégia o povo de Israel não viria a existir. As
promessas antes registradas não se cumpririam. E a história da salvação não
seria tão bela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas aí Deus age através
de Sifrá e Puá. Interessante que uma afirmação significativa nesse texto é que
“Faraó <b>não</b> conhecia José” (Ex 1.8).
Porém, o mais importante é que Deus conhecia Sifrá e Puá. Sabia quem eram e que
poderia contar com elas. Elas decidiram não obedecer à ordem de Faraó para
matar os recém nascidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sifrá e Puá revelam
como pessoas comuns são inseridas na historia da salvação de Deus. Enquanto não
entendermos a importância da participação pessoal e comum na história da
salvação, viveremos uma vida cristã forçada pelas opressões dos “Faraós”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Se encontrares Sifrás e
Puás por aí, coloque-se ao lado delas. São simples e sem alarde. Mas são
parteiras, geram vidas...</span></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-18742378099088625242016-12-25T08:00:00.000-03:002016-12-29T09:03:19.633-03:00ISSO É O NATAL, ASSIM SOMOS NÓS...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGXFpqHwpwx62QVdaoiWVfSzZMOiJJwG0JfkIuyE1BozzjAs8fMjdeBm-GLeV0f9iSxAOMbt92P6eixjxmIHo_5iLnYcd_byuU0KS7vm9gP44eEI-ywkHOJYJVT6ijIstWm5KBTL8vnag/s1600/pastores2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGXFpqHwpwx62QVdaoiWVfSzZMOiJJwG0JfkIuyE1BozzjAs8fMjdeBm-GLeV0f9iSxAOMbt92P6eixjxmIHo_5iLnYcd_byuU0KS7vm9gP44eEI-ywkHOJYJVT6ijIstWm5KBTL8vnag/s320/pastores2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Por Celson Coêlho</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esse fim de semana
estava participando de um culto. Como de se esperar no Natal, celebrações e
comemorações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em momento de destaque
das celebrações se preparava a cantata e iniciava aquela apresentação
planejada, organizada e bonita. Contudo, ao meu lado, duas pessoas quase
discutiam sobre a reserva de um assento dentro da igreja. Aquela coisa que
conhecemos bem de colocar Bíblia, bolsa, chave, etc, para guardar lugar para
alguém...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não cabe aqui juízo de
valor sobre a atitude de guardar lugar no culto, isso cabe a consciência de
cada um e aos responsáveis pelo culto público nas igrejas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pensamentos vieram à
mente sobre o momento: celebração do Natal e nossos interesses humanos. Não
interessa aqui o “Jesus não nasceu nessa data”; “isso é uma festa pagã” e todo
aquele blá blá blá...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Falamos da importância
do Nascimento, do Deus que “se tornou carne e habitou entre nós”, do criador de
céu e terra que se esvaziou da sua majestade e “vestiu” a forma humana. Algo
tão grandioso de pensar e repensar, de ficar maravilhado e de viver. Mas,
paralelo a isso temos nós... Ah! Nossas complexidades, nossos interesses,
nossas limitações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Assim foi a época quando
Jesus esteve aqui em carne. Assim também acontece hoje. Esquecemos o Natal, colocamos
de lado o Nascimento e damos uma pausa na celebração da presença do Cristo para
buscar nossos interesses. E quem não os tem não é?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas foi para isso que
Ele veio. Deixou sua glória para nos dar o exemplo e nos transformar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Max Lucado nos lembrou a importância de Cristo em Nós: "Cristo entrou no nosso mundo. Por essa razão podemos entrar no mundo dele." (Deus está aqui, p. 13)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: start;">Viva ao Natal! Aleluia! Jesus está entre nós. Ainda temos esperança...</span></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-82448347198376432632016-12-05T06:00:00.000-03:002016-12-05T06:00:00.201-03:00A TRAGÉDIA E A VISÃO EVANGÉLICA SOBRE O MAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRiYkqdd_dXcRxpYIjkOHi3dbW-lGT-jBaLB89-uqDNF1MKfoYsTP1vU-gS-KCnVxv6xsdybbFpmofJ6MjmVJz59tgUL894hib1S7pUfUKY47_d7b6ZPoJwm_f0iQyo5-qIao9DjY71QI/s1600/vis%25C3%25A3o+correta.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRiYkqdd_dXcRxpYIjkOHi3dbW-lGT-jBaLB89-uqDNF1MKfoYsTP1vU-gS-KCnVxv6xsdybbFpmofJ6MjmVJz59tgUL894hib1S7pUfUKY47_d7b6ZPoJwm_f0iQyo5-qIao9DjY71QI/s320/vis%25C3%25A3o+correta.jpg" width="320" /></a></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por
Celson Coêlho<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Existe uma tendência
evangélica em ver a ação do Diabo (ou dos demônios) em tudo. Se ocorrer alguma
coisa errada foi um demônio que assim o fez, inclusive na vida dos próprios
seguidores de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Isso ocorre devido à
visão equivocada sobre o mal. Lógico que esse é um debate histórico e permeia a
teologia, a filosofia e áreas afins. Não se pretende aqui discutir a origem do
mal nem muitos menos ser conclusivo sobre o exposto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Robison Cavalcanti<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/7%20A%20trag%C3%A9dia%20e%20a%20Vis%C3%A3o%20Evang%C3%A9lica%20Sobre%20o%20Mal.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
nos concede uma visão didática sobre a manifestação do mal:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“A teologia bíblica tem
nos ensinado uma tríplice manifestação da maldade: a) metafísica, representada
pelas hostes satânicas; b) individual, representada pela natureza humana caída;
c) estrutural, representada pelos sistemas sociais distanciados dos valores do
reino (opressão, injustiça, desonestidade).”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O grande problema
quanto à visão da manifestação do mal ocorre quando não existe um equilíbrio
dessas 3 concepções. Comumente vemos uma tendência desenfreada na ênfase a
metafísica. Ao mal ligado a ação demoníaca. Tudo é culpa do demônio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Isso ocorreu devido à popularização
da chamada batalha espiritual propagada pela Teologia da Prosperidade. Nessa
doutrina os demônios são os únicos culpados por tudo de errado que acontece. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Essa concepção leva ao que Hank Hanegraaff</span><a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/7%20A%20trag%C3%A9dia%20e%20a%20Vis%C3%A3o%20Evang%C3%A9lica%20Sobre%20o%20Mal.doc#_ftn2" name="_ftnref2" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">
chama de dualismo pernicioso. Expressa “duas forças combatendo-se, em busca do
controle universal, e nunca se sabe quem, afinal, ai vencer”, se Deus ou os
demônios.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A ênfase nesse tipo de
batalha espiritual, conforme Robison Cavalcanti, é uma fuga. É um viver sem “batalha
pessoal” e sem “batalha social”. Cria-se uma frouxidão quantos aos pecados
individuais (o mal individual) e uma cegueira quanto aos pecados sociais (o mal
estrutural).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A manifestação do mal
vista apenas desse prisma traz graves consequências para visão do mundo, para
compreensão de si mesmo e não permite um entendimento correto da obra de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fiquemos com este
alerta:<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Quando
não se tem uma missão na história, algo há que ser feito para encher o tempo
entre a conversão e a morte ou o arrebatamento.” (Robison Cavalcanti)<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/7%20A%20trag%C3%A9dia%20e%20a%20Vis%C3%A3o%20Evang%C3%A9lica%20Sobre%20o%20Mal.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
CAVALCANTI, Robison. <b>A Igreja, o País e
o Mundo.</b> Viçosa: Ultimato, 2000.<b><o:p></o:p></b></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/7%20A%20trag%C3%A9dia%20e%20a%20Vis%C3%A3o%20Evang%C3%A9lica%20Sobre%20o%20Mal.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> HANEGRAAFF, Hank. <b>Cristianismo em Crise. </b>Rio de Janeiro:
CPAD, 1996.<b><o:p></o:p></b></div>
</div>
</div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-38126463339358490312016-12-03T15:35:00.002-03:002016-12-29T09:19:30.267-03:00POR QUE MUITOS EVANGÉLICOS ESCOLHEM RESPOTAS BIZARRAS?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9LL72wbIUlHiVZVgbVv2frEV-JUItxHCMIur09r39ymd07xk5t8ljLzBapCDfDJwxPOcBTEWah6U0SlbmgqmMqESGwOoDNZMj8EuL_O87mo0DxHlqSOBKTgrmmgeKXJiYL_e-v3znYc/s1600/avi%25C3%25A3o+chapecoense.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9LL72wbIUlHiVZVgbVv2frEV-JUItxHCMIur09r39ymd07xk5t8ljLzBapCDfDJwxPOcBTEWah6U0SlbmgqmMqESGwOoDNZMj8EuL_O87mo0DxHlqSOBKTgrmmgeKXJiYL_e-v3znYc/s320/avi%25C3%25A3o+chapecoense.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Avião da Lamia que caiu na Colômbia causando a tragédia <br />
com a equipe da Chapecoense e convidados</td></tr>
</tbody></table>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><i>Por Celson Coêlho</i></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Quando uma tragédia
traz comoção generalizada, as respostas mais bizarras aparecem para tentar
explicar. Entre elas encontramos as respostas do povo evangélico. O que nos chama atenção é a “criatividade”
como fazem isso. Por isso uma pergunta se faz necessária nesses momentos: por
que muitos evangélicos escolhem respostas bizarras para lidar com a realidade?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Primeiro, muitos no meio
evangélico gostam de ter <b>resposta para tudo</b>. E de imediato. Ele não gosta de
admitir que tenha dúvida. Muito menos de guardar um questionamento para posteriores
esclarecimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo, muitos fazem isso
porque na verdade são <b>curiosos</b>. Ahhhh! Está cheio de curiosos em nosso meio. É
assim que a maioria lê a Bíblia. Apenas para matar sua curiosidade. Por isso a
atração pelo livro do Apocalipse e o viés alegórico na interpretação da Bíblia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Terceiro, essas repostas bizarras
também são uma forma de “estar na moda”. Por isso que muitos abraçam essas idéias
e a propagam com rapidez. Para demonstrar que estão “por dentro” do assunto. O
<b>modismo </b>é reinante em nosso meio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por fim, as respostas bizarras
são escolhidas por causa da <b>superficialidade </b>em que se encontram muitos
evangélicos. Tratar algo com profundidade requer tempo e trabalho (estudo,
pesquisa, etc.). Assim, infelizmente, é o nosso meio evangélico: é melhor ser
superficial porque é mais fácil. Assim é com o entendimento da Bíblia. Assim
também com as coisas espirituais. E claro que assim também tratam as tristes
realidades da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Olha que falo como quem
vive do lado de dentro todas essas questões...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>“<span style="background: white;">Porventura o ouvido não provará as
palavras, como o paladar prova as comidas?</span> (Jó 12.11)</i><o:p></o:p></span></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-58215693970906030332016-11-11T15:37:00.000-03:002016-11-11T15:38:13.310-03:00EU ESCOLHI CORRER COM OS CAVALOS<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por
Celson Coêlho<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYAQH7__okT9J_mBLmhJmvGwhH3dz8IhNQcOj6KwGmJsJOUpCrKsMVFxutOurcXCZh7S2c9PQKHzY3rqcUQ8GCuTAl91WfOVAhOppvxM_P5VZdwTz9rf40ZOj4GJA33e16XWK7AH-lyr4/s1600/cavalo-correndo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYAQH7__okT9J_mBLmhJmvGwhH3dz8IhNQcOj6KwGmJsJOUpCrKsMVFxutOurcXCZh7S2c9PQKHzY3rqcUQ8GCuTAl91WfOVAhOppvxM_P5VZdwTz9rf40ZOj4GJA33e16XWK7AH-lyr4/s320/cavalo-correndo.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tenho em mãos um bom
texto. Referência essa não apenas a qualidade da escrita. Mas também ao efeito
criado na alma. A leitura que estou prestes a findar é da pena de Eugene
Peterson. Mas algo chama a atenção na atual edição do livro: seu título.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O autor fala sobre o
profeta Jeremias. Não é um comentário ao texto bíblico. São seleções de
passagens biográficas do livro com o objetivo de refletir sobre o enfoque
pastoral e pessoal a partir da vida do profeta. Peterson o faz de forma clara,
objetiva e bíblica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O título original do
livro era “Corra com os cavalos”.<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/5%20EU%20ESCOLHI%20CORRER%20COM%20OS%20CAVALOS.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Refere-se à passagem que consta no capítulo 12.5 de Jeremias: <i>“Se te fatigas correndo com homens que vão a
pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te
sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?”</i> Isso foi uma admoestação
divina as queixas do profeta. Conforme Eugene Peterson “Jeremias estava
disposto a abandonar seu chamado divino e ser mais um dado estatístico em
Jerusalém.” Esse trecho é crucial para vida do profeta e consequentemente para
o relato do livro bíblico. “Sua resposta não foi dada verbalmente, mas por meio
da sua biografia. A vida de Jeremias foi sua resposta: “eu correrei com os
cavalos” (PETERSON, p. 17 e 18).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O título da edição
atual é “Ânimo!”<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/5%20EU%20ESCOLHI%20CORRER%20COM%20OS%20CAVALOS.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
que nos chama a atenção nisso? Isso reflete a escolha da editora. Revelando
possíveis indícios dos valores editorias: usa um termo mais “atual”, com viés
psicológico, e, desemboca no alvo principal, o econômico, ou seja, mais vendas.
Talvez alguns defendam o valor da simplicidade e chamada de atenção no título e
também a real necessidade da editora se manter economicamente. Pode ser...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Contudo, para além das
questões editorias, isso pode refletir as características do nosso cristianismo
atual. Na prática cristã e nas pregações hodiernas se enfatiza o emocional e o
dinheiro. Esses valores têm sua importância, mas não são principais. O
afastamento do conteúdo bíblico enfraquece a prática cristã verdadeira. Não
falamos da literalidade do texto. Mas sim dos princípios que estão expressos no
conteúdo bíblico e que na vida do próprio Jeremias o fez deixar de ser uma
criança que não sabia falar (Jr 1.6) e transformá-lo em “cidade fortificada,
coluna de ferro e muros de bronze” (Jr 1.18).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os valores da vida
cristã estão além da emoção e do dinheiro. Eugene Peterson alerta que a
religião da época de Jeremias “nada mais era do que a busca de auxílio
sobrenatural para realização de tudo o que se desejasse: poder econômico,
garantia de boa colheita, bem-estar, morte do inimigo ou vantagem sobre alguém.”
Isso se assemelha com nossos dias? Contudo, a religião centrada em Deus,
continua Peterson, “é um meio de descobrir o significado da vida, de preservar
a justiça na sociedade, de encontrar caminhos para excelência em diversas
áreas, de aprender a disciplina para viver com integridade, de compreender como
Deus nos ama e como devemos corresponder a esse amor” (PETERSON, p. 59 e 60).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Jeremias trilhou e
propagou essa segunda forma de vida com Deus. Optou por esse caminho de
excelência não egocêntrica. Ele escolheu correr com os cavalos...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/5%20EU%20ESCOLHI%20CORRER%20COM%20OS%20CAVALOS.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Na primeira edição brasileira lançada pela editora Ultimato em 2003. Na edição
americana de 1983: <i>Run with the horses</i>.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/5%20EU%20ESCOLHI%20CORRER%20COM%20OS%20CAVALOS.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
PETERSON, Eugene. <b>Ânimo! O antídoto
bíblico contra o tédio e a mediocridade.</b> 2ª ed. São Paulo: Mundo Cristão,
2008.</div>
</div>
</div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-18899122643718966442016-11-06T16:11:00.002-03:002016-11-06T16:11:43.970-03:00“ECA! VOCÊS ME ENOJAM!” ONDE ESTÁ A ESPERANÇA CRISTÃ?<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por Celson Coêlho<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy2vIdxScDpN1szr7bMjpuV3eadaAqhwAOhf7GRQRtmNUN7r2OjpDaslO2Hi6ChjQZczXyxuC4gK6c5sGr8Ab5muoctO0CmG1KgwYGPqFPm2DU0NyHP8h8_e8eJuy2ED66bssai7xz5to/s1600/cruz4.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy2vIdxScDpN1szr7bMjpuV3eadaAqhwAOhf7GRQRtmNUN7r2OjpDaslO2Hi6ChjQZczXyxuC4gK6c5sGr8Ab5muoctO0CmG1KgwYGPqFPm2DU0NyHP8h8_e8eJuy2ED66bssai7xz5to/s320/cruz4.jpeg" width="320" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conta-se
que muitos anos atrás Nietzsche censurou um grupo de cristãos dessa forma:
“Eca! Vocês me enojam!” Ao ser perguntado por que os criticava daquela forma, o
filósofo respondeu: “Porque vocês, remidos, não parecem remidos. São tão cheios
de temor, tão dominados pela culpa, tão ansiosos e tão sem direção quanto eu.
Mas eu posso ser assim. Eu não creio. Não tenho nada sobre o que lançar a minha
esperança. Mas vocês afirmam ter um salvador. Por que não parecem salvos?”<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/4%20onde%20est%C3%A1%20a%20esperan%C3%A7a%20crist%C3%A3.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Brennan
Manning, ao falar sobre a esperança, nos alerta que ela está em relação intima
com a qualidade da fé. Ou seja, quanto mais firme estiver a fé, mais segura
será a esperança. O Apóstolo Paulo diz que não devemos nos afastar da esperança
transmitida pela mensagem do Evangelho. Essa relação real com a esperança é que
mantém o cristão “firme e alicerçado” na fé (Colossenses 1.23).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
o Novo Testamento, o termo grego para esperança (Gr. <i>Elpis</i>)<i> </i>é derivado de uma
palavra que significa antecipar (Gr. <i>Elpos</i>).
“As palavras nunca indicam uma antecipação vaga ou temerosa mas, sim, sempre a
expectativa dalguma coisa boa.”<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/4%20onde%20est%C3%A1%20a%20esperan%C3%A7a%20crist%C3%A3.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Não significa uma angustiante ansiedade pelo que estar por vir. Contrário disso
é a certeza confiante que a alegria virá ao amanhecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">William
Barclay ao analisar o termo esclarece que a totalidade da fé cristã está
fundamentada em três colunas: fé, esperança e amor (1Corintios 13.13). Sendo
assim, qual a origem da esperança cristã? Vejamos algumas fontes conforme
Barclay<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/4%20onde%20est%C3%A1%20a%20esperan%C3%A7a%20crist%C3%A3.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1)
Em Cristo e na sua Obra: Jesus é a base da esperança cristã (1Timóteo 1.1). Ela
não se baseia em algo que o homem tenha feito sozinho;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2)
No Evangelho: a mensagem das boas novas “levanta o coração de qualquer homem
que está pressionado pelo pecado” (Colossenses 1.27); e<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3)
Na experiência: Vivendo confiante em Deus, mesmo em tribulações, fortalecemos
nossa esperança em dias melhores. Veja o que Paulo diz em Romanos 5.4: a
tribulação produz perseverança, a perseverança gera experiência. Essa, testada
e aprovada, transforma-se em esperança. Completa o apóstolo: “a esperança não
confunde” (Rm 5.5).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
cristianismo não nega a realidade do sofrimento e do mal. Contudo, a esperança cristã
nos mantém perseverante apesar deles. Quando fortalecidos pela esperança, não
vivemos atemorizados por nós mesmos nem pelo mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fomos
chamados para uma esperança viva (1Pedro 1.3). Isso nos lembra uma esperança
renovada na confiança daquele que nos motivou nessa caminhada e nos fortalece a
cada dia: Jesus, o Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Celson
Coêlho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Editor
do Blog<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/4%20onde%20est%C3%A1%20a%20esperan%C3%A7a%20crist%C3%A3.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
MANNING, Brennan. <b>Convite à Solitude</b>.
São Paulo: Mundo Cristão, 2010.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/4%20onde%20est%C3%A1%20a%20esperan%C3%A7a%20crist%C3%A3.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<b>Dicionário Internacional de Teologia do
Novo Testamento</b>. V. 2. São Paulo: Vida Nova, 1982.</div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Celson/Documents/Reflex%C3%B5es/4%20onde%20est%C3%A1%20a%20esperan%C3%A7a%20crist%C3%A3.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
BARCLAY, William. <b>Palavras Chaves do
Novo Testamento</b>. São Paulo. Vida Nova, 2000.</div>
</div>
</div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3646966306332665747.post-62151465077068145932016-07-29T09:29:00.000-03:002016-07-29T09:29:36.315-03:00ONDE CAIM ARRUMOU UMA ESPOSA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhVxZuo6CLs0l52lhzUksK6s0dPcG0GAX1CCzIngdVkXAtPp2bcyt_fETF_B_wYTrQMnDzq8Vk4YnRozb7moF5u9ywAGGae3FitVy6X0A-iZ-9wBKd-OHbPoGJ1hdXx8g3CRa4ajT7PgU/s1600/interroga%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhVxZuo6CLs0l52lhzUksK6s0dPcG0GAX1CCzIngdVkXAtPp2bcyt_fETF_B_wYTrQMnDzq8Vk4YnRozb7moF5u9ywAGGae3FitVy6X0A-iZ-9wBKd-OHbPoGJ1hdXx8g3CRa4ajT7PgU/s1600/interroga%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" /></a></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por
Celson Coêlho</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na leitura do livro de
Gênesis algumas pessoas ainda encontram dúvidas de onde surgiu a esposa de Caim
relatada em Gênesis 4.17 (Gn). Isso ocorre devido à impressão que se tem em
relação ao relato de Caim e Abel. Iniciando o capítulo 4 de Gênesis encontramos
que Adão e Eva tiveram Caim e Abel. Se existiam apenas Adão, Eva, Abel e Caim,
de onde surgiu uma mulher para relacionar-se com Caim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A dúvida em relação à
leitura do texto bíblico deve ser vista com normalidade. Isso mesmo: é normal
ter dúvidas ao ler a Bíblia. Só não tem quem não pensa enquanto lê o texto. E
isso é um grande perigo...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Essa dúvida pode ser
positiva quando desperta o leitor para o esclarecimento, para o crescimento
através de uma melhor compreensão. Na Bíblia isso ocorre ao buscar a harmonia
de um texto isolado a partir de seu contexto e/ou totalidade. Ou seja, veja o
que outras partes da Bíblia podem esclarecer quanto aquele texto em dúvida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nessa situação
específica, fazendo uma leitura do contexto, encontramos em Gn 5.4 que Adão
teve filho e filhas. Devemos entender também que o relato não está em ordem
cronológica. Em Gn 4.26 lemos que Sete gerou um filho. Também nos vem à dúvida:
de onde veio sua esposa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vejamos o que diz Kyle
Yates sobre o assunto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Está
claro que Adão e Eva tiveram muitos outros filhos e filhas, antes de Caim se
casar, um lapso de muitos anos se passou (talvez centenas deles). Uma vez que
toda vida veio pelo casal humano divinamente criado, é preciso concluir que num
certo período da história irmãos e irmãs casaram-se entre si. Na ocasião em
quando Caim estava pronto para estabelecer um lar, Adão e Eva tinham numerosos
descendentes.” </span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(Gênesis, Comentário Bíblico Moody. pg.
14)<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Champlin ainda nos
esclarece:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“A
Bíblia não diz que Adão e Eva geraram somente aqueles três filhos. Caim, Abel e
Sete foram apenas três dentre os muitos filhos do casal. Seus nomes são
fornecidos por causa do relato expressivo que gira em torno deles, e nada mais...
Não há informação quanto ao número
desses filhos e filhas, mas essa informação é suficiente para indicar que Caim
levou consigo, para Node, uma de suas irmãs.” </span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. pg 587)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A Bíblia de Estudo
Pentecostal adverte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 2.0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Caim,
portanto, deve ter casado com uma das suas próprias irmãs. Semelhante
relacionamento foi uma necessidade, no início. Posteriormente, devido à
proliferação dos funestos efeitos da queda e os casamentos entre parentes
multiplicarem as anomalias biológicas nos filhos, esse tipo de casamento foi
proibido </span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(Lv 18.6,9; 20.12, 17-21; Dt 27.22,23).<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sendo assim, a
conclusão que chegamos é que Caim casou com uma parenta sua. Talvez uma irmã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Celson Coêlho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Celson Coêlhohttp://www.blogger.com/profile/08332225973698477492noreply@blogger.com2